O presidente do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), Décio Coutinho, lançou na sexta-feira (21) uma cruzada contra os abates clandestinos de animais e comercialização de produtos e subprodutos sem inspeção sanitária.
De acordo com ele, atualmente, não se pode admitir o consumo de carnes e derivados que não tenham passado por inspeção sanitária. “O consumidor tem o direito de consumir produtos de qualidade e procedência comprovadas”, disse, defendendo maior rigidez da fiscalização sanitária municipal e estadual para coibir os abates clandestinos de animais e a comercialização de carnes e subprodutos não inspecionados.
Coutinho disse que uma das formas de combater atividades clandestinas é intensificar a fiscalização para barrar o trânsito de animais para abates em estabelecimentos que não estejam devidamente regularizados e habilitados. “Se os clandestinos não receberem animais para abate, não haverá produtos sem inspeção para serem oferecidos ao consumidor. Em conseqüência disso, os produtos irregulares acabam sumindo do mercado”, argumentou.
O presidente do Indea salientou, porém, que a maior responsabilidade é do público consumidor. “Você precisa exigir que o produto que está sendo adquirido tenha boa procedência e certificação higiênica”, observou, lembrando que produtos inspecionados possuem as marcas dos serviços de inspeção sanitária municipal (SIM), estadual (SISE) e federal (SIF).
No Mato Grosso, ainda há, em considerável escala, abates clandestinos e comercialização de carnes e derivados sem inspeção sanitária. “Assim, além de consumir produtos de qualidade comprovada, o consumidor estará combatendo a sonegação e a concorrência desleal”, finalizou.
Fonte: Diário de Cuiabá/MT (por Sérgio Roberto), adaptado por Equipe BeefPoint