Com prejuízo de R$ 27,1 milhões em 2007, devido à compra de ativos, o frigorífico Independência adiou a abertura de capital.
Com prejuízo de R$ 27,1 milhões em 2007, devido à compra de ativos, o frigorífico Independência adiou a abertura de capital.
“A abertura de capital a gente sempre enxergou como um passo natural de uma companhia como a nossa. Mas não pode ser o fim, é mais um passo. Tem de ser feito em um momento adequado para a companhia e o mercado. A gente está analisando o mercado, mas não acredita que vale a pena forçar uma abertura de capital neste momento”, informou o diretor-financeiro, Tobias Bremer.
No ano passado a empresa arrendou três plantas em Mato Grosso, além de incorporar a Krakatowa (empresa de transportes), a Bras Export e a Goiás Carnes. Também fez ampliações nas unidades de Rolim de Moura (RO), Paraíso de Tocantins (TO) e Janaúba (MG). Mas para 2008 o presidente do Independência, Roberto Russo, não prevê aquisições. “Fizemos um movimento grande de aquisição e arrendamento para diversificar geograficamente a companhia. O próximo passo é ampliar a capacidade dessas plantas. Não é que não estamos abertos à aquisição, mas usamos os recursos que tínhamos nas oportunidades que faziam sentido”, justificou em reportagem de Neila Baldi, da Gazeta Mercantil.
A empresa encerrou o ano com receita bruta 58% maior – R$ 1,54 bilhão – e líquida 63,4% superior – R$ 1,42 bilhão. A margem Ebitda foi de 15,9% ou 0,8 pontos percentuais acima da registrada no ano anterior. Segundo analistas de mercado, a margem Ebitda é superior à dos demais concorrentes.
Na avaliação da empresa, o prejuízo ocorreu, principalmente, pelas aquisições da Goiás Carne, Krakatowa e Bras Export, além de ajustes contábeis. Se os “itens extraordinários” não fossem computados, o resultado seria positivo em R$ 36 milhões.