Em reunião nesta sexta-feira na Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), produtores que forneciam animais ao frigorífico Independência resolveram formar um grupo para garantir força durante o processo de recuperação judicial da empresa, já em andamento.
Em reunião nesta sexta-feira na Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), produtores que forneciam animais ao frigorífico Independência resolveram formar um grupo para garantir força durante o processo de recuperação judicial da empresa, já em andamento.
Os pecuaristas se colocam como “vítimas do calote” e resolveram se organizar em bloco por representarem 18% do montante de dívidas total do frigorífico. As estratégias foram detalhadas hoje aos presidentes de sindicatos rurais, durante o encontro na Famasul.
“Na recuperação judicial, o produtor receberá primeiro porque o frigorífico depende de sua matéria-prima para continuar funcionando”, explicou aos representantes sindicais o assessor jurídico da FAMASUL, Carlo Daniel Coldibelli Francisco. De outro modo, se o frigorífico falir, os primeiros a serem pagos serão funcionários, FISCO e bancos.
Até maio, o grupo Independência deve entregar á Justiça um plano de recuperação da empresa, com propostas de pagamento aos credores. Se a sugestão for rejeitada, ou a empresa apresenta novo plano ou decreta falência.
Unidos, os pecuaristas esperam ter poder de veto, caso não considerem satisfatória a proposta defendida pela empresa.
Por meio de nota da assessoria, o presidente da Famasul, Ademar Silva Júnior lembrou que “a crise do Independência, que era o melhor pagador entre os frigoríficos, revela a fragilidade da cadeia produtiva da carne”, defendendo a necessidade de mudança no processo de venda de carne bovina aos frigoríficos.
A matéria é de Ângela Kempfer, publicada no Campo Grande News, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
0 Comments
E como fica os prestadores de serviços? E os outros pequenos fornecedores que não tem nenhum representante politico?