O Frigorífico Independência conseguiu chegar a um acordo com os detentores de títulos de dívida emitidos pela empresa para alterar duas regras na documentação que rege esses papéis. A primeira alteração foi no nível máximo de alavancagem da empresa, necessário para realizar um ajuste diante da valorização do dólar em relação ao real.
O Frigorífico Independência conseguiu chegar a um acordo com os detentores de títulos de dívida emitidos pela empresa para alterar duas regras na documentação que rege esses papéis. A primeira alteração foi no nível máximo de alavancagem da empresa, necessário para realizar um ajuste diante da valorização do dólar em relação ao real.
No final do terceiro trimestre do ano passado e parte do quarto, 85% da dívida do Independência estava em dólar. Com a desvalorização do real no final do terceiro trimestre, a dívida convertida em moeda local aumentou muito, ampliando o nível de alavancagem. A segunda mudança foi na regra que caracteriza uma mudança no controle da empresa.
Pela regra vigente, se a família que controla o Independência tivesse menos de 50% das ações, esse fato deixaria caracterizado uma mudança no controle, o que permitiria que os detentores dos títulos exigissem o resgate imediato. Essa regra de controle acionário limitaria, por exemplo, uma eventual emissão de ações da ordem de 25%, já que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já possui cerca de um terço do capital da empresa.
Os títulos de dívida do Independência estão divididos em dois grupos. O primeiro, no valor de US$ 300 milhões, vence em 2015. Já o segundo, soma US$ 225 milhões e tem vencimento em 2017.
Para obter o consentimento e poder mudar as regras, a empresa precisava da autorização dos detentores de um valor equivalente a pelo menos 50% de cada grupo de título. Para os títulos que vencem em 2015, o consentimento obtido foi de um valor equivalente de 82,6%, enquanto para os de 2017 foi de 70,4%.
Além da autorização para a mudança nas regras, o Independência fez também uma proposta para recomprar parte dessa dívida, limitando-se a 27,5% do total de cada título. No caso dos títulos de 2015, os detentores dos papéis já demonstraram interesse em vender para o Independência 26,4% da dívida. No caso dos títulos de 2017, a recompra até o momento será de 23,8%.
As informações são da Agência Estado, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.
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Diante do quadro mostrado qual a verdadeira situação do Independencia? O produtor pode continuar negociando com o frigorifico?
Saliento que sempre tivemos este frigorifico como otimo parceiro, pagamentos sempre em dia, bons rendimentos de carcaça, otimo sitema de transporte dos animais, bons relatórios de abate.