Independência: novas regras de classificação de carcaça

O Independência S/A redefiniu as regras para seus programas de classificação de carcaça e couro. Os programas foram simplificados e a remuneração a partir de agora é feita individualmente por carcaça e por pele, as novas regras entrarão em vigor a partir de 1° de janeiro de 2008.

O Independência S/A redefiniu as regras para seus programas de classificação de carcaça e couro. Os programas foram simplificados e a remuneração a partir de agora é feita individualmente por carcaça e por pele, as novas regras entrarão em vigor a partir de 1° de janeiro de 2008.

No novo Programa de Classificação de Carcaças, a bonificação pode chegar até 4% do valor da @ dos machos castrados e até 7% para as fêmeas. “As mudanças deixaram os dois programas mais claros e objetivos. É o aprimoramento de um serviço no qual o Independência foi pioneiro. Procuramos simplificar o programa para que fique claro no romaneio, assim como um extrato de banco, quanto vale cada carcaça. Definimos qual o padrão de matéria-prima ideal para a indústria e bonificamos os produtos que atendem a esse padrão. A idéia é deixar claro para o pecuarista as regras do jogo antes que ele comece”, explica Eduardo Pedroso, gerente comercial e de relacionamento com o pecuarista do Independência.

Na classificação da carcaça bovina, são levados em conta dados como sexo do animal, maturidade, peso e acabamento. Nos machos esses quesitos respondem por até 3% da bonificação; nas fêmeas por até 6%.

As certificações como Eurepgap e Orgânico são responsáveis por 1% da premiação. “É uma forma de incentivar e premiar o produtor que nos fornece a matéria-prima com a qualidade desejada pela indústria”, afirma Pedroso. Desde o início dos programas em 2005, já foram abatidas mais de 2 milhões de cabeças que tiveram suas carcaças bonificadas.

No Programa de Classificação de Couros, a bonificação varia conforme os níveis de qualidade. O valor pago muda entre R$ 25,00 (1ª classificação) e R$ 0,50 (6ª classificação) por pele. Assim como na análise da carcaça, a classificação é feita individualmente. O programa de classificação de couro existe desde o ano 2000.

O novo sistema de classificação foi analisado pelo professor titular da Faculdade de Engenharia de Alimentos da UNICAMP, Pedro de Eduardo de Felício. “Este é, possivelmente, o sistema de classificação mais bem fundamentado em conhecimentos técnicos nacionais, que leva em conta as diferenças existentes no gado e as necessidades dos mercados interno e externo da carne bovina”, acredita o professor. Para ele, com esses dados, o frigorífico evidencia quais as características que deseja em um animal e que está disposto a pagar mais por elas.


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0 Comments

  1. Rogerio Faria disse:

    Excelente! Recentemente fiz um comentário a respeito da implantação do Sistema de Classificação de Carcaças Bovinas e acredito que a iniciativa pioneira do Frigorífico Independência, seja uma forma de poder assegurar carne de qualidade aos seus clientes estrangeiros e brasileiros.

    Eu sempre afirmei isso. Há mais de 25 anos atrás eu apresentei um Seminário na UF-Viçosa e deste escrevi um artigo, o qual, foi capa da Revista dos Criadores (Maio, 1982) que propunha um sistema único para os animais abatidos em nosso país. Artigo este que recebi um elogio pessoal do ilustre Prof. Dr. Pedro Eduardo de Felício.

    O sistema de classificação apresentado, dispensa comentários e merece ser adotado por todos os demais Frigoríficos do país de modo a remunerar melhor os produtores de gado de corte do nosso país, pois muitos sairam da atividade por quererem implantar sistemas de produção de carne de qualidade, sem terem recebido um único centavo a mais por isso.

    Acredito que se os frigoríficos pensarem em reduzir os seus lucros e preservar os fornecedores de matéria prima, poderão ganhar menos mas terão lucro constante. Todos nós lembramos da fábula da “galinha de ovos de ouro”; se esta for morta estará tudo perdido.

    Aqueles produtores que tem trabalhado de maneira eficaz com a nutrição e melhoramento genético, tendo controle zootécnico e buscando o que o saudoso Tom Lasater fez durante a sua vida no desenvolvimento da raça Beefmaster: disposição (temperamento), fertilidade (eficiência funcional), peso, conformação, rusticidade, e produção de leite. (The Lasater Philosophy of Cattle Raising) terão lucratividade como prêmio por seus trabalhos, em prol da pecuária de corte.

    Esse sistema é muito mais completo por incluir além das características principais e tradicionais, as Certificações EUREPGAP/ORGÂNICO. Considerando isso em termos de valorização do produto carne, não somente para o mercado externo como para o interno, pois existe uma fatia de mercado consumidor que paga por essa qualidade e precisamos desmistificar o conceito de que o povo brasileiro só sabe comer carne de vaca velha.

    Quando trabalhei em Campo Grande-MS, pude verificar que o Carrefour procurava premiar seus fornecedores de carne de qualidade e existia uma grande demanda por esse tipo de produto. Em Rio Verde-GO, a COMIGO em seu supermercados vendia carne de animais acabados em confinamento e acontecia a mesma coisa, embora muitos estabelecimentos comerciais tivessem produtos de qualidade inferior e mais barato, o consumidor queria a carne de qualidade superior e não se importava em pagar mais por isso.

    Valeu a iniciativa pioneira do frigorífico Independência e a sempre competente colaboração do Dr. Pedro Eduardo de Felício.

  2. Breno Augusto de Oliveira disse:

    Bastante profissional a atitude do grupo Independência, são ações que valorizarão a pecuária profissional e conseguente financiamento das produções cárneas e couros com qualidade.

    Porém o detalhamento da penalidade total faltou no artigo, acredito que a análise do quando deixar de ganhar pode ser mais impactante ao produtor rural ao invés da bonificação total.

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