Após o anúncio da suspensão dos abates em todas as unidades, nas sexta-feira, o frigorífico Independência, entrou com pedido de recuperação judicial na comarca de Cajamar (SP). O Independência era considerado o frigorífico de mais confortável situação financeira no país. E seu futuro parecia tranquilo com a ajuda do BNDES.
Após o anúncio da suspensão dos abates em todas as unidades, nas sexta-feira, o frigorífico Independência, entrou com pedido de recuperação judicial na comarca de Cajamar (SP).
Segundo os bancos, o Independência havia recebido nada menos do que US$ 250 milhões de instituições financeiras na quinta-feira antes do Carnaval, parte desse total para recomprar antecipadamente duas séries de eurobônus, que vencem em 2015 e 2017 e somam US$ 525 milhões, pelo máximo de US$ 144 milhões. O resto dos US$ 250 milhões eram empréstimos vinculados à exportação e outros tipos de linhas de crédito.
Em novembro, a empresa havia obtido R$ 250 milhões sob a forma de capital do BNDESPar, a empresa de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e iria receber outros R$ 200 milhões de capital em março.
No começo do mês, o Independência havia fechado a planta de Campo Grande (MS). Mas inicialmente os bancos acreditavam que a empresa estava apenas reduzindo estoques e limitando a produção, dada a demanda internacional menor e a necessidade de renegociação de valor e prazo de pagamento de contratos de exportação com a Rússia. Segundo os credores, a situação apresentada pela empresa era de folga no caixa e mesmo um aperto extra por causa da crise internacional não justificaria o pedido de recuperação judicial. Bradesco, Santander, JP Morgan e Citigroup têm mais de 90% da dívida bancária do Independência, que poderia tentar solução negociada, uma espécie de “concordata branca”, se quisesse, argumentam bancos credores.
O Independência era considerado o frigorífico de mais confortável situação financeira no país. E seu futuro parecia tranquilo com a ajuda do BNDES. Ainda mais considerando-se que seu fundador, Toninho Russo, suplente de senador pelo PL-MS, é um dos grandes apoiadores do presidente Lula.
Hoje (02/03), o Independência realizará uma reunião para informar ao mercado a real situação das operações da companhia. O BeefPoint irá participar do encontro e logo após o término da apresentação publicaremos uma notícia com o resumo dos assuntos discutidos.
A matéria é de Fernando Lopes e Alda do Amaral Rocha, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
Correção: os acionistas da empresa são: Roberto Russo e Miguel Russo Neto, além do BNDES.
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A nossa duvida é saber quem vai ser o proximo, pois se o governo continuar ignorando a crise no setor teremos um futuro muito incerto para as industrias.
É. A marolinha do nosso presidente Lula acaba de afogar mais uma grande empresa no Brasil. Se o Independência como diz a matéria, era considerado o de melhor situação financeira do Brasil, o que podemos esperar dos demais.
Senhores pecuaristas, atenção! Olhos e ouvidos bem abertos.
Tomara que se resolva logo, da melhor forma possível para todos, especialmente para os funcionários……
Tomara que se resolva logo, com boas noticias para todos, especialmente para os funcionários.
Como é que vao ficar os fornecedores e pecuaristas diante de tal situação?
Quem quiser ser dono das suas coisas deve ajustar os ponteiros ,o mais rapido possivel, a coisa nao e brincadeira nao, abracos
Todos nós pecuaristas já assistimos este filme antes. Só o “governo” não tinha a menor idéia. Quanto aos bancos, vão repassar o prejuizo para a Viuva (e nós contribuintes vamos pagar a conta).
Para completar e para seguir a “escrita” já tambem varias vezes vivida por nos, pecuaristas, vão acabar descobrindo que quem assinou as notas promissórias é um laranja. O operador da balança é uma boa dica.
E o pior, daqui a um ano este pessoal abre outro frigorifico com outro nome e outros laranjas e começa tudo de novo. Este é mesmo o país da impunidade!
A grande crise não é vender sua mercadoria por um preço baixo, e sim não ter pra quem vende-la. Se algo não for feito, Vamos todos para esse caminho.
Parabéns ao BeefPoint, por ser o site da internet que melhor publicou e divulgou informações sólidas sobre este assunto que está causando apreesão em todos.
Fica a força para todos do frigorifico Independência conseguirem passar por esta fase tão dificil.
Gera-se mais uma vez o famoso “efeito dominó”, como resolver os débitos que sao dos credores dos frigorífico!!!
É comum que o pecuarista faça compras antes de receber do Frigorífico o valor do gado abatido
O que falar para os credores dos credores do Independencia
Valeu Lidiani, é assim que se fala, força de todos nós para o Independência e bola para frente, vai dar tudo certo!
gostaria de ser informado de como seria esta recuperacao judicial .e a que ponto nos produtores receberimos nossos bois.
Onde vamos parar?
Atuando no SIF de Anastácio-MS ha mais de 7 anos, sou testemunha da seriedade desta empresa, portanto gostaria de ver a sua recuperação financeira o mais rápido possivel, preservando seus funcionários e saldando seus compromissos com os fornecedores que nela confiaram em especial aos pecuaristas.
Espero que o gorverno interceda o mais rapido possivel pois pela situação atual não sera o unico a fecha as portas….
Desculpe-me sr. Roberto Henrique Stadler,
A culpa é desses mercenários, que a dez anos atras, tinham apenas umas plantas frigorificas e hoje tem dezenas, e alguem em especial já deve ter chegado a centena.
Como o Sr me explica isto, crescer tanto assim em tão pouco tempo? Os donos de frigorificos “enriqueceram” mais rápido do que o Bil Gates.
Sem desmerecer a inteligencia deles, o Bill Gates, perto deles ficou burro, analfabeto e incompetente. Sem compararmos a outros grandes empresarios brasileiros, com Antonio Erminio de Moraes, tambem não cresceu na mesma velocidade dos donos de frigorificos.
Portanto a culpa é desses gananciosos.
E afinal quem sera o próximo a pedir recuperação judicial?
Realmente, concordo com o Sr. Francis.
O meio Industrial é um dos quais mais ganham dinheiro em cima de um produto relativamente barato (@do Boi), pois só falam que a Carne ta cara, que fazendeiro é isso e aquilo. Mas ninguém lembra ou pergunta sobre a situação pecuária no Brasil, invasões, Impostos Exorbitantes, Custos de Produção (sal mineral, medicamentos, adubos e fertilizantes, mão de obra etc.).
É complicado.
Só o nosso presidente ainda não percebeu que estamos em meio a uma grande onda.
Foi efetuada uma exportação de carnes bovinas para São Tomé e Principe (África), através grupo de advogados de Brasília, aliados a empresa de Logística do Rio de Janeiro.
Essa carga chegou aqui no País no dia 01 de maio, via marítima, com o importador encontrando dificuldades no desembaraço aduaneiro. Recebi a informação de que foi adquirida no Independência e chegou sem o certificado Fitosanitário.
O Independência estaria em condições de participar dessa exportação? Qual a condição dele para a emissão do certificado?
Explicando melhor minhas preocupações: essa importação foi efetuada através Linha de Financiamento Emergencial disponibilizado pelo Governo Brasileiro ao Governo Santomense, para aquisição de gêneros alimentícios de primeira necessidade. A operação, inicialmente séria, sofreu interferência do grupo acima citado em parceria com grupinho de santomenses, transformando-se em mais um caso de malversação de recursos públicos.
Sds,