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14 de maio de 2009Independência pede voto de confiança a produtores
O pedido de recuperação judicial do frigorífico Independência foi deferido na última sexta-feira na Comarca de Cajamar (SP). Agora, a empresa tem 60 dias para apresentar o plano de recuperação judicial aos credores, para os quais deve R$ 3,450 bilhões. Em comunicado a pecuaristas, ontem, informando sobre o deferimento, a empresa pediu a eles "apoio (...) por 60 dias a partir da presente data, para retomada imediata das operações de abate em algumas unidades, de acordo com a viabilidade econômica de operação de cada planta"
O pedido de recuperação judicial do frigorífico Independência foi deferido na última sexta-feira na Comarca de Cajamar (SP). Agora, a empresa tem 60 dias para apresentar o plano de recuperação judicial aos credores, para os quais deve R$ 3,450 bilhões.
Em comunicado a pecuaristas, ontem, informando sobre o deferimento, a empresa pediu a eles “apoio (…) por 60 dias a partir da presente data, para retomada imediata das operações de abate em algumas unidades, de acordo com a viabilidade econômica de operação de cada planta”. Usando termos como “voto de confiança”, disse que “a intenção é reduzir a drenagem atual de caixa originada pelos custos fixos e altos níveis de ociosidade”. E observou que, “no atual cenário macroeconômico, eventual liquidação da companhia é a pior das opções existentes”.
Segundo o Independência, no período de 60 dias, a prioridade será a política de pagamentos e recebimentos à vista. A empresa reiterou que o pagamento dos pecuaristas e demais fornecedores é prioritário e que “alternativas legais estão sendo estudadas para acelerar ao máximo seu pagamento”.
A empresa retomou o abate em Janaúba (MG) em abril e diz que voltar a operar mais plantas permitirá “minimizar a necessidade de novas demissões em curto prazo”. De dezembro de 2008 a abril deste ano, a empresa demitiu 6.715 pessoas.
A matéria é de Alda do Amaral Rocha, publicada no jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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Perguntei a um amigo que tem dinheiro para receber do Independência:
_Você vai dar um voto de confiança ao frigorífico?
_Depende,se os meus credores me derem o voto de confiança,eu repasso para o frigorífico.
Um abraço
Se eu fizer um negócio com determinado indivíduo e ele não honrar o compromisso assumido comigo, perde minha confiança. Por que seria diferente com um frigorífico?
Voto de confiança? É muita cara de pau. Quem não tem competência não se estabelece.
Confiança, no mercado, se conquista com o fio do bigode como já diziam sabiamente os antigos. Levamos a vida inteira para construir um nome mas num minuto podemos jogá-lo na lama. Quem conhece um pouco da história do Independencia e do Sr Antonio Russo, sabe quanto trabalho e sacrificio tem investido ali. Estivesse ainda as redeas sob suas mãos experientes, talvez passos maiores que as pernas não teriam sido dados e no final não haveria tanto estrago na confiança que o Independencia tinha. Certamente esta reconquista da confiança do mercado não se dará do dia para a noite ou com um simples pedido, seja de quem for e sim através de ações concretas, a começar pelo pagamento dos credores.
Até o momento só se ouviu relatos sobre a situação da empresa e suas dificuldades. Como se os credores não tivessem dificuldades, compromissos, financiamentos para pagar, terras hipotecadas, gado penhorado, empréstimos de emergencia para tapar os buracos.
Ouviu-se muito também nos últimos dias também sobre a possibilidade de linhas de crédito para socorrer a agroindustria, créditos tributários dos frigoríficos junto ao governo que poderiam ajudar bastante, mas efeito prático, nenhum até agora. Com a palavra, nossas autoridades no governo para esclarecer este assunto de uma vez e nossas entidades de classe, deputados e senadores para cobrar a agilização da implantação das soluções, se é que elas existem.
A grande verdade dos fatos ” DOA A QUEM DOER” é que se não dermos um voto de confiança aos proprietários do Independência todos,mas todos mesmo vamos amargar ” PREJUÍZOS ENORMES” e que sera muito dificil recupera-los no futuro.
Atirar pedra nessa altura do campeonato não traz nada de construtivo para todos,temos que dar sugestões para ” MELHORARMOS” as idéias para o bem geral.
O que vou sugerir para os proprietários do mesmo para ser levado a uma assembleia de credores,foi o que eu já assisti no passado e que deu ” BONS RESULTADOS” numa época que não tinha a ” RECUPERAÇÃO JUDICIAL ” que era MUITO MAIS DIFICIL.
A sugestão que se segue é a seguinte:Vamos falar e dar o exemplo de um credor para facilitar, vamos dizer que seu credito seja de ” 100 000,00 MIL REAIS” transforma-se deste valor ” 40% em ações preferencial sem direito a voto com compromisso de RECOMPRA destas acões no prazo MÁXIMO de 5 anos,por parte dos proprietários,o restante dos 60% na seguinte forma:30% do credito em 12 mêses,os outors 30% em 15 mêses com juros de mora de LEI.Claro que tudo isso documentado em assembléia de credores.Caso seja aceita o Independência tera tempo abio para continuar sua gestão podendo com autorização da assembléia de credores também poder desmobilizar seus ativos imobilizado em fim ter cabeça fria para sair deste embrolio em que está.
Acredito que está pequena semente possa dar frutos para podermos continuarmos com nossos abates sem sobre salto.
Caso algum credor tenha uma idéia melhor que a exponha aqui democrático para ser avaliada por todos.
Eu acho que o Independencia merece sim um voto de confiança por parte dos credores. Fiz parte do quadro de funcionários do grupo na unidade de Janaúba e continuo acreditando nas retomadas das atividades do grupo todo, principalmente nas regiões mais carentes de emprego como Anastácio,Janaúba e outras do Mato Grosso.
A crise não é só no Independencia e sim em todo mundo e eu torço para que passe o mais rápido possível.
Se depender de min, eles não abatem nenhuma cabeça de gado, posso até perder com outros, mas com eles não, se não tiveram competencia anteriormente como vão ter agora, so porque estão em recuperação judicial?
nao tenho nada a receber do independencia , mas esse problema de malandragem frigorifica nao e de agora , e digo que o maior erro é dos pecuaristas no geral , porque alguns nao vendem mais , mas outros. e a malandragem continua por erro nosso , pobre categoria a nossa , totalmente desunida , sem representacao em nenhuma instancia , e esquecida pelos governos , e assim vai.
Sim quem sabe o independencia pode virar o jogo. sou ex funcionario e acrdito na recuperacao do mesmo, pois pelo meu ponto de vista se torna uma empresa seria. torço pela recuperacao do independencia.
sim apoio a recxuperacao do indep.
A empresa em que trabalho tem contas a receber do Independência e temos fornecedores a pagar com essa dívida. Porém a indignação é pessoal pois minha família tem cabeças de gado para receber. A pergunta que fica no ar é: Onde está o valor recebido do que ele vendeu? Pois até o momento não foi dado satisfação sobre o que eles venderam e receberam! Queremos muito mais respostas do que apenas as perguntas que os próprios empresários formularam e responderam a população.
Empresas Frigoríficas?
Alguns proprietários e administradores de frigoríficos pensavam que eram os melhores empresários que o mundo já teve. Outros já não pensavam, tinham certeza.
Esqueceram de uma regra simples da administração ensinada pela sabedoria popular através da estorinha da “galinha dos ovos de ouro” e aproveitando-se de uma série de conjunturas que lhes foram favoráveis durante alguns anos se cartelizaram.
Os PHD´s dos Bancos, deuses da sabedoria e da ganância financeira, além de não preverem a crise mundial, também se esqueceram da estorinha da “galinha” e juntaram ao inescrupuloso lucro dos frigorificos empréstimos bilionários financiando a brutal expansão de empresários cuja alta rentabilidade provinha da formação de cartel em cima de fornecedores de matéria prima (boi) cuja cadeia produtiva, miseravelmente remunerada pelo cartel, se desestruturava.
A galinha, digo, “a vaca dos bezerros de ouro” está agonizante e demorará vários anos para se recuperar, tal qual a crise mundial.
Os que tinham certeza que eram os melhores empresários do mundo não aguentaram o primeiro espirro da “vaca” e os que pensavam que eram os melhores, será que aguentarão os vários e longos anos que a “vaca” e a economia mundial levarão pra se reestruturar?