Segundo Antenor Nogueira, a entidade e as federações solicitaram ao frigorífico informações adicionais referentes aos fornecedores de animais e ficaram de analisar a proposta depois de receberem estes dados. Ele informou também que será marcada uma nova reunião para retomar o assunto, ainda sem data definida. "Depois de avaliarmos minuciosamente o plano de recuperação, decidiremos se apoiamos ou não o plano. A princípio, o que foi exposto por eles hoje não tem o respaldo da CNA", afirmou Nogueira.
O presidente do Frigorífico Independência, Miguel Russo, apresentou no último dia 16 à Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) a proposta de recuperação judicial da empresa, anunciada na última segunda-feira à justiça que visa à renegociação do passivo total da empresa junto aos seus credores. O encontro reuniu o presidente do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte da CNA, Antenor Nogueira, o vice-presidente da entidade e presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso do Sul (Famasul), Ademar Silva Júnior, e representantes do setor de pecuária de corte das Federações de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Goiás (Faeg) e Minas Gerais (Faemg).
Segundo Antenor Nogueira, a entidade e as federações solicitaram ao frigorífico informações adicionais referentes aos fornecedores de animais e ficaram de analisar a proposta depois de receberem estes dados. Ele informou também que será marcada uma nova reunião para retomar o assunto, ainda sem data definida. “Depois de avaliarmos minuciosamente o plano de recuperação, decidiremos se apoiamos ou não o plano. A princípio, o que foi exposto por eles hoje não tem o respaldo da CNA”, afirmou Nogueira.
O presidente da Comissão de Produtores Credores de Frigoríficos em Recuperação Judicial de Mato Grosso e representante da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Marcos da Rosa, disse que alguns pontos do plano de recuperação judicial apresentado esta semana pelo frigorífico Independência “serão impugnados pelos credores de Mato Grosso”.
Segundo ele, um dos pontos será quanto ao prazo que o plano prevê para o pagamento da dívida com os pecuaristas, que é de 36 meses para quem tem uma dívida maior do que a de R$ 80 mil. “Em muitos casos o pecuarista não terá condições de continuar com sua produção por falta de capital, caso o que ele tenha a receber seja pago em três anos como prevê o Plano. Nossa proposta é a de sentarmos com a diretoria do Independência e negociarmos novos prazos”, disse o representante da Acrimat.
Outro ponto que os credores irão discutir, segundo Marcos da Rosa, “será o respaldo dos bancos credores do Independência como garantia de pagamento dos pecuaristas e que eles (bancos) garantam um empréstimo maior do que os R$ 330 milhões previstos para que o Independência pague as dívidas de R$ 270 milhões com pecuaristas e fornecedores com prioridade. Só em Mato Grosso, a dívida com 600 pecuaristas chega a R$ 50 milhões”.
A partir da apresentação do plano oficial, a Justiça publica o edital convocando os credores para analisarem a proposta apresentada para quitação dos débitos. Os pecuaristas devem ficar atentos, pois terão 30 dias, a contar da data de publicação, para apresentar suas objeções. “Como iremos questionar alguns pontos do plano de recuperação apresentado à Justiça vamos provocar a convocação de uma Assembleia Geral, que é o que nós queremos, pois assim vamos poder discutir profundamente o assunto. Mas, isso só irá surtir efeito se o pecuarista comparecer de forma maciça à assembleia, temos que demonstrar força e organização. Caso contrário, podemos esperar por vários anos para receber ou até mesmo perder esse dinheiro”, alertou Marcos da Rosa.
As informações são da CNA e do Diário de Cuiabá, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.
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Vou conversar com meus credores, inclusive Bancos. Se eles me derem 36 meses para pagar minhas dívidas, não tem problema nenhum. Por outro lado, imagine se fôssemos nós os devedores do Independencia, se ele concordaria em receber nas mesmas condições. É brincadeira de mau gosto ….
É preciso que toda a classe pecuarista continue com a firme orientação de não entregar nosso rebanho enquanto não houver um compromisso sério do pagamento da totalidade da divida em prazo curto, pois ai esta nossa força. Isto pode ser propagado atraves de todos os sindicatos,associações, cooperativas,etc, procurando a adesão de todos pecuaristas, incluindo tambem aqueles que não tenham nenhum crédito a receber.
Geraldo Perri Morais–ABRAPEC