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Independência segue buscando novos financiamentos

O frigorífico Independência, que está em recuperação judicial, negocia com instituições financeiras a emissão de títulos no mercado internacional para levantar recursos e pagar dívidas com pecuaristas e fornecedores.

O frigorífico Independência, que está em recuperação judicial, negocia com instituições financeiras a emissão de títulos no mercado internacional para levantar recursos e pagar dívidas com pecuaristas e fornecedores.

A empresa trabalha nessa operação desde dezembro passado, logo depois de sua recuperação judicial ter sido aprovada pelos credores. Como ainda não conseguiu fechar o financiamento a companhia informou, na última sexta-feira, a pecuaristas e fornecedores que adiaria o início dos pagamentos.

De acordo com a empresa, o modelo da emissão ainda não está totalmente definido, mas a colocação de bonds no mercado internacional é uma possibilidade. O Independência negocia com vários investidores, inclusive com instituições que já são suas credoras no processo de recuperação judicial.

O objetivo com a operação é levantar até R$ 260 milhões, valor estimado no plano de recuperação para que a empresa volte a operar suas fábricas. Hoje apenas as unidades de abate de Rolim de Moura (RO) e Janaúba (MG) estão abertas, sendo que esta última está em férias coletivas. Também estão em atividade os curtumes de Nova Andradina (MS) e Colorado do Oeste (RO) e a fábrica de charque em Santana de Parnaíba (SP).

A empresa espera que a operação de financiamento seja concluída em meados de março e afirma que “o atraso na aprovação do plano de recuperação”, o “ambiente econômico ainda instável” e o período de fim de ano impediram a conclusão da operação a tempo de pagar os fornecedores até 31 de janeiro deste ano.

Para a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (FAMASUL), a postergação do pagamento do Frigorífico Independência aos credores e fornecedores não afeta a confiança de que serão honrados os compromissos assumidos com os pecuaristas.

Segundo o superintendente da FAMASUL, Carlos Alberto do Valle, os argumentos do frigorífico são coerentes em relação à demora na aprovação e o adiamento do depósito aos produtores está previsto no Plano. “O Plano de Recuperação Judicial foi uma vitória dos produtores. A organização do setor fez com que houvesse uma adequação que favoreceu a ambos os lados”, enfatizou o dirigente.

As informações são do Valor Econômico e da Famasul, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. THIAGO S. AGUIAR disse:

    Estou torcendo para a recuperação dessa relevante Empresa, afinal, nosso segmento de negócio precisa se consolidar com urgência. E com essa recuperação, temos pagamentos a produtores, capitalização, investimentos e economia em fluxo.