Mercados Futuros – 16/07/08
16 de julho de 2008
Créditos de carbono e projetos ligados ao MDL
18 de julho de 2008

Indicador recua e mercado futuro fecha em baixa

O indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista foi cotado a R$ 92,82/@, baixa de R$ 0,72. O indicador a prazo teve desvalorização de R$ 0,67, sendo cotado a R$ 93,86/@. No mercado físico, os frigoríficos que conseguiram alongar as escalas recuaram os preços, apesar da oferta de maneira geral não ter aumentado significativamente. Em São Paulo, grande volume dos animais que está sendo abatido foi adquirido em estados vizinhos e agora os frigoríficos paulistas trabalham com preços mais baixos.

O indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista foi cotado a R$ 92,82/@, baixa de R$ 0,72. O indicador a prazo teve desvalorização de R$ 0,67, sendo cotado a R$ 93,86/@.

Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, relação de troca, câmbio


Na BM&F, novamente, todos os vencimentos apresentaram forte recuo. Julho/08 fechou a R$ 90,04/@, com variação negativa de R$ 2,03. Os contratos que vencem em outubro/08 tiveram desvalorização de R$ 2,00, fechando a R$ 86,89/@, com 5.483 contratos negociados e 34.926 contratos em aberto. A maior variação foi registrada para os contratos com vencimento em agosto/08, -R$ 2,12, que fecharam a R$ 86,88/@.

Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 16/07/08


Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista x contratos futuros para outubro/08


No mercado físico, os frigoríficos que conseguiram alongar as escalas recuaram os preços, apesar da oferta de maneira geral não ter aumentado significativamente. Em São Paulo, grande volume dos animais que está sendo abatido foi adquirido em estados vizinhos e agora os frigoríficos paulistas trabalham com preços entre R$ 90,00 e R$ 92,00. Indústria menores que estão com escalas mais apertadas trabalham com preços mais altos e mesmo assim encontram dificuldade para comprar.

Acesse a tabela completa com as cotações de todas as praças levantadas na seção cotações.

No atacado, o traseiro e o dianteiro permanecem com cotações estáveis, a R$ 5,80 e R$ 4,20, respectivamente. A cotação da ponta de agulha recuou R$ 0,10, para R$ 4,20. Assim o equivalente físico apresentou uma desvalorização de R$ 0,78, sendo calculado em R$ 77,45/@. O spread (diferença) entre indicador de boi gordo e equivalente físico subiu novamente e está em R$ 15,38/@.

Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista x equivalente físico


O mercado de reposição anda em ritmo um pouco mais lento. O indicador Esalq/BM&F bezerro MS à vista foi cotado a R$ 754,80/cabeça, alta de R$ 0,01. Apesar do preço do bezerro ter se mantido praticamente estável, com a queda de 0,77% do indicador de boi gordo, a relação de troca recuou para 1:2,03, menor valor desde janeiro de 2005. Para saber mais sobre o mercado de reposição leia: Mercado de reposição esfria, troca cai para 1:2,03.

Um corredor rodoviário com cerca de três mil quilômetros de extensão vai facilitar o escoamento da produção do setor agrícola e viabilizar o aumento da exportação de grãos brasileiros. Percorrendo o Brasil, a Bolívia e o Chile, a rodovia interoceânica liga o oceano Atlântico ao Pacífico e tem inauguração prevista para setembro de 2009. Com a utilização da nova via, a comercialização internacional de grãos deverá atingir 135 milhões de toneladas a partir de 2010, boa parte deles produzidos no Centro-Oeste.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Márcio Portocarrero, a criação da rodovia vai propiciar o crescimento da economia brasileira no setor agropecuário e permitir maior vazão dos produtos para o mercado externo, especialmente a Ásia.

“Podemos afirmar que o transporte é, atualmente, um dos maiores gargalos da produção agropecuária. A rodovia vai beneficiar os produtores do País, que terão acesso mais rápido e fácil ao mercado asiático, um grande consumidor dos nossos produtos”, destacou. Com a possibilidade de escoar a produção pelo oceano Pacífico, Portocarrero afirmou ainda que haverá uma redução de cerca de sete mil quilômetros de rota marítima, com relação ao percurso feito atualmente pelo oceano Atlântico.

Segundo informações do governo brasileiro, produtos como a cana-de-açúcar, soja e algodão serão os principais beneficiados pela iniciativa. A pecuária em grande escala e a agroindústria também sentirão os efeitos positivos da nova rodovia.

A principal vantagem será a redução no custo do transporte. Comparando o Brasil aos Estados Unidos, maior produtor mundial de soja, o País gasta até dez vezes mais para transportar até a China uma tonelada de soja produzida nos estados da região Centro-Oeste. “Ganharemos muito em competitividade”, comemorou Portocarrero.

André Camargo, Equipe BeefPoint

0 Comments

  1. Marcos Francisco Peres disse:

    É estranho esse indicador para o bezerro indicar estabilidade, pois o que estou estou vendo no mercado é que o preço do bezerro caiu e bastante. E deve cair mais ainda se fizermos uma correlação com o preço do boi gordo.