A semana começou com baixo volume de negócios e o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista sendo cotado a R$ 78,09/@, recuo de R$ 0,02. O indicador a prazo teve desvalorização de R$ 0,11, sendo cotado a R$ 78,92/@. No mercado físico os compradores continuam pressionando, mas os negócios seguem a passos lentos e as ofertas de animais para abate reduzidas.
A semana começou com baixo volume de negócios e o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista sendo cotado a R$ 78,09/@, recuo de R$ 0,02. O indicador a prazo teve desvalorização de R$ 0,11, sendo cotado a R$ 78,92/@.
Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, relação de troca, câmbio
A BM&FBovespa fechou em alta, com todos os vencimentos apresentando recuperação. Março/09, fechou a R$ 76,50/@, com valorização de R$ 0,40. Os contratos com vencimento em maio/09 registraram alta de R$ 0,40, fechando a R$ 72,90/@. Outubro/09 teve variação positiva de R$ 0,17, fechando a R$ 78,92/@.
Segundo Rodrigo Brolo, broker da TradeWire Brazil, “o mercado futuro opera de lado nos últimos dias. O vencimento maio/09, contrato mais líquido, opera entre R$ 72,50 e R$ 74,50 de acordo com notícias baixistas e altistas que ocorrem. O mercado está curto de ofertas a R$ 72,00 no MS, porém a situação de crédito dos frigoríficos é tão crítica que é muito difícil que tenham fôlego para pagar mais que isso. No curto prazo acreditamos que pelo fato do preço não cair no MS, a tendência é de ligeira alta na bolsa, porém não existe cenário de alta no físico até o final do primeiro semestre”.
Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 09/03/09
Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para maio/09
No mercado físico os compradores continuam pressionando, mas os negócios seguem a passos lentos e as ofertas de animais para abate reduzidas. O leitor do BeefPoint, José Luiz Soares de Mendonça, Rondonópolis/MT, comenta, “aqui no sul de Mato Grosso, iniciamos a semana com R$ 68,00 a R$ 70,00 a @ do boi e R$ 65,00 a @ da vaca. Com pouca oferta embora os frigoríficos estejam com as escalas da semana quasie completas. Pouca oferta do boi magro e bezerros. Os pecuaristas estão reclamando dos preços da reposição, visto que o bezerro de desmama gira em torno de R$ 600,00 e R$ 950,00 animais de 24 meses acima”.
Para Péricles Salazar, presidente da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), ainda há falta de boi, as indústrias que estão operando estão com dificuldades de firmar escalas de abate por mais de sete dias, e a queda no preço da arroba do boi é mais reflexo do pânico que tomou conta do mercado com a saída do frigorífico Independência.
Acesse a tabela completa com as cotações de todas as praças levantadas na seção cotações.
Em carta enviada ao BeefPoint, o presidente da Abrafrigo comenta as causas da crise atual vivida pelos frigoríficos brasileiros. Entre outros fatores ele cita um ponto que já vem sendo bastante questionado neste fórum, “o apetite voraz dos supermercados fazendo de conta que da crise nunca ouviram falar, mantendo margens incompatíveis em relação aos demais setores, inibindo o maior giro da mercadoria em suas prateleiras”.
Péricles Salazar, afirma que os supermercados é que estão absorvendo a fatia de redução de preços das carnes. “O preço do boi cai, da carcaça casada também, mas ao consumidor final não é beneficiado”, afirma Salazar.
Segundo matéria da Gazeta Mercantil, o presidente da Associação Brasileira dos Supermercados (Abras) Susumu Honda discorda e afirma que esse discurso sobre repasse é ultrapassado, da década de 80. “Se nós (supermercados) ganhamos tanto dinheiro assim com a distribuição de carne, porque eles, os produtores, não abrem um açougue?”, ironiza Honda.
Ele reclama que outros elos da cadeia não entendem que há despesas para vender carne. “Nosso mercado sofre concorrência acirrada. Não podemos ganhar muito em margens”, afirma. “Além disso, quando a arroba do boi bateu acima de R$ 90 não ficamos questionando onde estava o lucro na cadeia. Agora, eles querem nos questionar”, ataca Honda.
No atacado da carne bovina foram registrados recuos de R$ 0,10 nos preços dos três cortes primários. O traseiro foi cotado a R$ 6,20, o dianteiro a R$ 3,90 e a ponta de agulha a R$ 3,60, assim o equivalente físico recuou 1,97%, sendo calculado em R$ 74,48/@. Com esta retração, o spread (diferença) entre indicador e equivalente subiu para R$ 3,62/@.
Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico
Na reposição, o indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista foi cotado a R$ 632,14/cabeça, valorização de R$ 0,78. A relação de troca permaneceu em 1:2,04.
André Camargo, Equipe BeefPoint
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O Sr Honda cometeu um engano, na década de 80 acontecia o inverso de hoje, os supermercados vendiam abaixo do preço que compravam, tanto que quebraram a maioria dos açougues, os que não viraram conveniência sairam do mercado, vendiam abaixo do preço mas não perdiam dinheiro, pela quantidade de itens que tem na loja, mas criou um novo hábito no consumidor, comprar carne no supermercado.
Parabéns pela estratégia, só que nos dias de hoje o Sr Honda não pode negar que a carne é o item de maior lucratividade, principalmente pelo giro, tem loja que compra 3 vezes por semana.
O Sr Honda faz um desafio que eu acho muito interessante, montar um açougue.
Quem engorda de 600 a 1000 novilhas por ano, pode progamar para abater 15 por semana, em dois abates, frigorificos que prestam serviços entregam a carne resfriada na porta do açougue, com os miudos, alguns devolvem até a metade do couro.
Vantagens:
Nunca mais ser roubado na balança, vender a vista para vários clientes, a preço de prazo e novilha com preço de boi, facilidade na reposição, algum cheque sem fundo que não passa de R$100,00, ocupação para a familia e etc.
Conselho:
Comprar um caminhão 3/4, leva as bezerras e traz as novilhas gordas, montar um açougue popular, nada de butique de carne, fazer um kit de carne de primeira, filé, picanha, contra-filé e alcatra e entregar nas churrascarias, a preços menores que os supermercados, vender o resto no varejão, sempre a preços menores que os supermercados, fazer o consumidor voltar ao velho e confiável açougue e viver sem susto e ganhando dinheiro, porque além do bom negócio, açougueiro não tem tempo para gastar.
Um abraço.
O que esta acontecendo no mercado brasileiro é um terrorismo por parte de todos os atravessadores e com um detalhe os mesmos tem o total apoio de nosso ilustre governo, por que o principal prejudicado nessa história fica o produtor que está produzindo com os custos muito alto e não sabe se vai vender seu produto com o preço justo.
Nossa politica de mercado é muito arcaica acho que ainda estamos na idade média garanto para vocês que nenhum de nossos lideres sabem quanto custa uma @ produzida no campo e quanto custa uma saca de grãos.
Enquanto ficamos tentando acabar com o que temos de mais precioso que são os “Pecuárista e Agricultores” deste país pessoas que estão lutando contra um exército, que a todo momento lança bombardeio.
Fico indignado com nossa lideração se posso chamar de liderança por que nunca vi algo tão fora de lógica como estou vendo agora e nosso governo sentado e prateia batendo palmas.