Após o recuo registrado na última quarta-feira, ontem o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista voltou a subir, sendo cotado a R$ 117,18/@, com variação de +R$ 1,00. O indicador foi cotado a R$ 119,41/@. Diferente do que aconteceu com o indicador, a BM&FBovespa teve forte retração em todos os vencimentos.
Após o recuo registrado na última quarta-feira, ontem o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista voltou a subir, sendo cotado a R$ 117,18/@, com variação de +R$ 1,00. O indicador a prazo teve alta de R$ 0,48, sendo cotado a R$ 119,41/@.
Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&FBovespa, relação de troca, câmbio
Diferente do que aconteceu com o indicador, a BM&FBovespa teve forte retração em todos os vencimentos. O primeiro vencimento, novembro/10, apresentou recuo de R$ 3,98, fechando a R$ 109,93/@. Os contratos que vencem em dezembro/10 fecharam em R$ 106,52/@, com queda de R$ 3,86. Hoje o pregão abriu em baixa novamente diante da forte pressão dos frigoríficos e do mercado da carne.
Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 11/11/10
Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para novembro/10
Frigoríficos comentam que as escalas aumentaram e que o boi começa a aparecer em volume melhor em regiões como o Mato Grosso do Sul. Apesar da pressão, o cenário ainda é incerto. Resta saber se realmente as ofertas aumentaram e irão tirar a sustentação dos preços da arroba ou se essas compras foram apenas pontuais.
O leitor do BeefPoint, Peterson Zompero, de Campo Grande comentou que de manhã a arroba era negociada a R$ 105,00, já na parte da tarde a pressão aumentou e os compradores já estavam falando em R$ 100,00. Segundo ele, “a escala subiu do dia 16/11 para o dia 24/11”.
Como está o mercado na sua região? Utilize o formulário para troca de informações sobre o mercado do boi gordo e reposição informando preços e o que está acontecendo no mercado de sua região.
Rogério Goulart, editor da Carta Pecuária, fez uma análise bem interessante das escalas de abate no Brasil. Segundo esta análise, deste o final de 2009 existe uma tendência de baixa ainda intacta como mostra o gráfico abaixo. “No nosso querido país pecuário as escalas estão ainda mais baixas de, por exemplo, para efeito de comparação, que as de São Paulo, importante para a formação do índice Esalq/BVMF. Repare no zoom que dei no outro gráfico mostrando o curto-prazo. O pior momento MESMO foi na semana entre o dia 18 a 22 de outubro. Me chamou a atenção de lá para cá as escalas começaram a dar sinais de melhora.(…)Voltando para o gráfico pequeno, se vai cair ou subir é irrelevante enquanto não SAIRMOS dessa zona de indefinição que estamos agora, entre essas duas retas vermelhas no gráfico pequeno. Vamos ver”. Clique para ver o artigo original.
Fonte: Carta Pecuária
No atacado, o traseiro foi cotado a R$ 9,30, o dianteiro a R$ 5,70 (-R$ 0,10) e a ponta de agulha a R$ 6,00. O equivalente físico teve recuo de 0,52%, sendo calculado em R$ 112,01/@. O spread (diferença) entre indicador e equivalente subiu para R$ 5,17/@.
Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico
Na reposição, o indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista foi cotado a R$ 720,29/cabeça, com recuo de R$ 0,53. A relação troca subiu para 1:2,68 e a margem bruta na reposição está em R$ 1.213,18 – um dos maiores valores de todos os tempos.
André Camargo, Equipe BeefPoint
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Creio que os grandes frigoríficos entraram forte na BMF para forçar a baixa do preço futuro. A estratégia visa “forçar” produtores a entregarem imediatamente um maior volume de animais prontos no mercado físico com medo da piora da perspectiva de preço futuro. A estratégia só funcionará se de fato houverem animais acabados repressados pelos produtores.
acredito que tudo isso é terrorismo dos frigoríficos,tentando forçar a baixa do preço do boi gordo na BMF e no físico, mas esta estratégia nao vai funcionar pois a oferta é muito menor que a demanda .
Não exitem fundamentos para essa queda brusca de preço.
Apenas pressão dos frigoríficos e supermenrcados junto a Bolsa a fim de apavorar os pecuaristas que têm contas a pagar no curto prazo, e as margens de lucro daqueles continuarem próximo de 100%
Essa manipulação do mercado pode reverter-se, e aí, a alta vir com mais força.
Concordo plenamente, com vc.
Acabei de fechar negócio em um lote de 100 bezerras nelore a R$ 540,00 a vista. Mercado de reposição ainda fraco em função dos pastos estarem ruins.
Abraços a todos
Não adianta os grandes grupos tentatem pressionar, causando instabilidade no mercado, a tendência é de suba nos preços, se quiserem vão ter que pagar o valor justo!!!
Essa pressão dos Frigoríficos, não vão engordar nossos bois. Então fico tranquilo pois a demanda está muito maior do que a oferta.