Direcionada pelo aumento nos preços das carnes de aves (no contexto da gripe do frango e da escassez de carne bovina exportável devido às barreiras impostas ao produto norte-americano), o índice de preços de carnes da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) (média de janeiro-junho) aumentou quase 10 pontos.
O índice de preços está quase nos níveis da média do início da década de noventa. Com relação a janeiro de 2003, os preços da carne bovina estão 24% maiores, mas caíram 4% desde janeiro de 2004 (esses preços incluem dados da Austrália, EUA e Argentina, valor por unidade de exportação, e o preço de importação do Japão para cortes frescos/resfriados).
Os preços comerciais são ponderados de vários mercados. Vale destacar que alguns dos indicadores de preços são valores por unidade de exportação. Isso aumenta o problema de ter as quantidades exportadas influenciando nos valores totais.
Por exemplo, as exportações de carne bovina dos EUA caíram 90% (de janeiro a junho), para 45 mil toneladas, com relação às 411 mil toneladas exportadas no ano passado. O valor das exportações caiu 89%, com o valor das exportações por unidade caindo somente 1%, de US$ 3550 para US$ 3644 por tonelada.
O mais claro movimento dos preços pode ser observado na carne australiana (preço de importação dos EUA, incluindo custos de transporte e seguro), que subiu de US$ 2380 em janeiro para US$ 2676 em julho – forte demanda devido à redução de 15% no abate de bovinos dos EUA, um indicador da reconstrução do rebanho.