Mercados Futuros – 07/08/08
7 de agosto de 2008
Nelore Brasil: ACNB promove a 1ª edição do projeto Universidade Aberta durante a Feicorte 2008 (Vídeo)
11 de agosto de 2008

Indústria brasileira busca expansão no Mercosul

Os principais países criadores de gado no Mercosul estão sendo dominados por indústrias brasileiras. Elas já são as maiores na Argentina e no Uruguai e agora avançam sobre o Paraguai.

Os principais países criadores de gado no Mercosul estão sendo dominados por indústrias brasileiras. Elas já são as maiores na Argentina e no Uruguai e agora avançam sobre o Paraguai. Essa semana, o Minerva anunciou a aquisição de 70% do capital social da Friasa. A empresa está de olho, entre outras coisas, na oportunidade de exportar para a União Européia, uma vez que as remessas do Brasil estão quase paralisadas.

O Minerva é a terceira empresa do Brasil a investir lá: o Bertin está desde o ano passado com uma planta para 600 abates diários, enquanto o Independência começa a operar em setembro a unidade que abate 700 bovinos por dia.

Na Argentina estão o Marfrig e o JBS, o primeiro a iniciar o processo de internacionalização do setor, em 2005, com a aquisição da Swift. É neste país que existe o maior domínio brasileiro: são 11 plantas. No Uruguai as empresas brasileiras têm cinco plantas. No Chile o Marfrig também opera.

Segundo analistas de mercado, as indústrias brasileiras estão de olho na oferta de animais, em um hedge sanitário e também em mercados que o Brasil não atende. Alguns dos países do Mercosul têm, por exemplo, uma Cota Hilton superior à nacional. A Argentina tem uma cota de 28 mil toneladas, enquanto a do Uruguai é de 6,3 mil toneladas e a do Brasil, 5 mil toneladas.

Ronald Aitken, superintendente de Relações com Investidores do Minerva, diz que a escolha pelo Paraguai se deve à estabilidade política, ao potencial de melhoria do status sanitário, além da diversificação geográfica. “O país teve sinal verde da União Européia para a compra de carne bovina. Além disso, é um exportador para o Chile, que o Brasil está olhando, e fornecedor de clientes importantes como a Rússia e o Oriente Médio. Segundo ele, as plantas brasileiras podem se focar mais no mercado interno, que está crescendo bastante, e o Paraguai ser base de exportação. Ele acrescenta que, neste sentido, o país vizinho está mais competitivo, pois o gado é mais barato.

“Os frigoríficos estão se globalizando, difundindo tecnologia e transformando a América Latina em uma grande plataforma de exportação de carnes”, afirma o economista Fábio Silveira, sócio-diretor da RC Consultores.

As informações são da Gazeta Mercantil.

Os comentários estão encerrados.