Com crescimento de 30% nos embarques deste ano em relação ao mesmo período de 2006, o couro está se firmando como um dos principais itens da produção pecuária brasileira. As exportações no primeiro semestre renderam US$ 1,12 bilhão. Com isso, a indústria investe no segmento para agregar valor e ampliar as vendas.
Com crescimento de 30% nos embarques deste ano em relação ao mesmo período de 2006, o couro está se firmando como um dos principais itens da produção pecuária brasileira. As exportações no primeiro semestre renderam US$ 1,12 bilhão. Com isso, a indústria investe no segmento para agregar valor e ampliar as vendas.
O Vitapelli, por exemplo, que possui a maior planta industrial de acabamento de couro do mundo, investiu mais de US$ 30 milhões nos últimos três anos para fugir da comercialização do wet blue. “Estamos utilizando nossa capacidade máxima, de 15.000 peles por dia, toda voltada à produção de couro acabado ou semi-acabado”, informou o diretor presidente da empresa de Presidente Prudente (SP), Nilson Riga Vitale.
Com isso, a empresa espera ampliar em 30% as exportações em 2007, superando os US$ 200 milhões.
O diretor executivo do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), Luiz Augusto Bittencourt, explicou que a substituição do couro por materiais sintéticos na indústria de calçados obrigou o setor a buscar novos mercados, como o moveleiro e o automotivo. “A indústria automotiva já é o destino de 60% das exportações brasileiras de couro”, estimou.
Já o frigorífico Bertin aposta no aumento no consumo de couro na Ásia e colocou em operação neste ano uma planta de acabamento na China. A companhia exporta o wet blue brasileiro para a unidade chinesa transformar em produtos específicos de acordo com as necessidades dos clientes, basicamente indústrias de calçados.
Segundo reportagem de Luiz Silveira, do Diário do Comércio e Indústria/SP, o gigante asiático representa 22,5% dos embarques brasileiros, perdendo apenas da Itália, com 29,1%.
A expectativa é que as exportações de couro do Brasil passem dos US$ 2,3 bilhões este ano, ante o US$ 1,878 bilhão do ano passado.