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Indústria de rações registra crescimento de 5%

A indústria de rações cresceu 5% este ano no Brasil, com produção de 43,4 milhões de toneladas. Para o ano que vem a perspectiva é de crescimento de 8%, considerando o ritmo de aumento das exportações de carnes, consumo interno estável e grande oferta de grãos. Os números foram divulgados pelo Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), em São Paulo.

O faturamento do setor em 2004 será de US$ 8,4 bilhões, sendo US$ 41,6 milhões oriundos da exportação. O presidente do Sindirações, Mario Sergio Cutait, ressaltou a importância da desoneração tributária sobre o setor, ao apresentar os dados do setor. Apenas este ano, segundo ele, a indústria de rações recolheu US$ 1,75 bilhão em impostos, sendo US$ 500 milhões apenas em PIS/Cofins.

Um dos efeitos da pesada carga tributária, segundo Cutait, tem sido o aumento da produção de rações em propriedades rurais e granjas, sem fiscalização, elevando a informalidade no setor e oferecendo risco à pecuária.

Do volume produzido no ano, 24,4 milhões de toneladas foram absorvidas pela avicultura, sendo 20,8 milhões de toneladas pela avicultura de corte e 3,6 milhões pela de postura. A suinocultura absorveu 11,5 milhões de toneladas de ração e a bovinocultura consumiu 5,2 milhões de toneladas, sendo 3,8 milhões de toneladas para a pecuária de leite e 1,4 milhão de toneladas para a de corte.

Para 2005, o Sindirações prevê produção total de 47 milhões de toneladas, com 25,9 milhões para a avicultura, 12,8 milhões para a suinocultura e 5,9 milhões para a bovinocultura.

Em 2004, indústria de rações consumiu 26 milhões de toneladas de milho, para uma produção total de 43,4 milhões de toneladas de ração. O milho representa mais da metade do mix de ingredientes que compõem o produto.

O farelo de soja é a segunda matéria-prima mais importante para essa indústria, com consumo de 8,7 milhões de toneladas em 2004. O farelo de trigo aparece como terceiro ingrediente de maior peso, com consumo de 2,4 milhões de toneladas em 2004.

Para 2005 o Sindirações projeta consumo de 28 milhões de toneladas de milho, 9,4 milhões de toneladas de farelo de soja e 2,6 milhões de toneladas de trigo.

O milho representa 63% da matéria-prima para a indústria de rações, o farelo de soja 20%, outros farelos e farinhas de origem vegetal 10,4%, subprodutos de origem animal 4%, minerais 2,3$ e vitaminas e aminoácidos 0,3%.

Segundo apuração do Sindirações, em 2004 o Brasil abateu 41 milhões de reses, quatro bilhões de frangos, 34,5 milhões de suínos. A produção leiteira foi de 21,4 bilhões de litros e 1,2 milhão de dúzias de ovos. O valor dessa produção foi estimado em US$ 24,4 bilhões, com exportação de US$ 4,5 bilhões.

O Sindirações, associado à International Feed Industry Federation (IFIF), comemorou também o posicionamento do Brasil no ranking mundial de produção de rações, atrás apenas dos Estados Unidos (145 milhões de toneladas) e da China (86 milhões de toneladas). O quarto colocado no ranking é a França, com 23 milhões de toneladas produzidas em 2004.

Fonte: Estadão/Agronegócios (por João Baumer), adaptado por Equipe BeefPoint

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