Empresários da indústria de alimentos e bebidas da Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai pediram hoje o fim das restrições comerciais entre os países e alertaram que as divergências entre os sócios causam pânico nos investidores do mundo. Representantes do setor afirmaram que estão preocupados com o futuro do Mercosul diante do crescente protecionismo e da falta de regras claras para investimentos.
Empresários da indústria de alimentos e bebidas da Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai pediram hoje o fim das restrições comerciais entre os países e alertaram que as divergências entre os sócios causam pânico nos investidores do mundo. Representantes do setor afirmaram que estão preocupados com o futuro do Mercosul diante do crescente protecionismo e da falta de regras claras para investimentos.
“A relação entre a Argentina e o Brasil é anti-Mercosul. Essas divergências nas fronteiras causam pânico nos investidores do mundo, que buscam lugares seguros e equilibrados para investir sem interferências políticas”, afirmou o presidente de Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação do Brasil, Edmundo Klotz, durante encontro do setor, organizado pela Coordenadora das Indústrias Alimentícias e de Bebidas da Argentina (Copal), em Buenos Aires.
Segundo Klotz, as barreiras comerciais provocam desemprego, menor arrecadação de impostos para os governos, menor receita para as empresas, que não geram riquezas e perdem mercados. Ele arrematou dizendo que o Brasil não está interessado em que a Argentina tenha déficit, mas também não pode ficar quieto e esperar que tenha déficit.
O representante das câmaras industriais do Uruguai, Juan Pedro Flores, também fez críticas ao protecionismo dos dois sócios maiores do bloco. “Argentina e Brasil têm que encaminhar as negociações homogêneas. Se não, o mercado internacional nos vê divididos e isso representa perdas para todos”, afirmou.
Ele recordou que o Uruguai teve que sacrificar muitas unidades industriais para entrar no Mercosul, que se instalaram em outros países sócios, mas mesmo assim continuou crescendo porque os empresários uruguaios entendem que o bloco é econômico e não político e têm o compromisso de manter a livre circulação de bens.
Fonte: jornal O Estado de SP, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.