A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou 2009 com uma taxa acumulada de 4,31%, abaixo do centro da meta estipulada pelo Banco Central para o ano, de 4,5%. Trata-se do segundo menor índice acumulado desde 2000, acima apenas do resultado de 2006 (3,14%).
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou 2009 com uma taxa acumulada de 4,31%, abaixo do centro da meta estipulada pelo Banco Central para o ano, de 4,5%. Trata-se do segundo menor índice acumulado desde 2000, acima apenas do resultado de 2006 (3,14%). O IPCA é o índice oficial utilizado pelo BC para cumprir o regime de metas de inflação, determinado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Os dados de 2009 foram divulgados nesta quarta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Grupo alimentação
Um fator de decisivo para o resultado da inflação deste ano é o comportamento dos preços dos alimentos, alertam economistas. Em 2009, o grupo alimentação, que responde 22,5% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu 3,18%, depois de ter aumentado 11,11% em 2008. Para este ano, é pouco provável que o grupo alimentação ajude a segurar o IPCA.
“As previsões de safra são boas, mas não teremos as mesma condições favoráveis para os preços de alimentos como foi em 2009”, alertou o coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros. Essa avaliação é compartilhada pela economista chefe do Banco ING, Zeina Latif. Entre os fatores que ela considera determinantes para o resultado da inflação, os preços dos alimentos podem ser uma variável crucial.
Segundo Zeina, se os bancos centrais mantiverem uma política monetária “acomodada”, o aumento da liquidez pode trazer de volta o medo da inflação. Neste caso, os investidores vão aplicar em commodities agrícolas, fomentando a alta dos preços dos alimentos.
As informações são do jornal O Estado de S.Paulo, adaptadas e resumidas pela Equipe AgriPoint.