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Rebanhos bovinos e bubalinos do Estado de São Paulo – em sua totalidade – devem ser vacinados contra febre aftosa. A medida é indispensável para sustentar a condição de “Área Livre” da doença, conquistada pela pecuária paulista por meio de eficiente trabalho de prevenção e combate, intensificado nos últimos dez anos.
A atual campanha de vacinação, iniciada nesse mês de novembro, foi prorrogada até o dia 20 de dezembro e tem influência direta na evolução econômica da produção pecuária. Um novo foco de aftosa no território paulista, apenas um que seja, trará também a impossibilidade de o Estado exportar a importantes consumidores internacionais, como União Européia e Estados Unidos. São Paulo responde por 70% de toda a carne bovina brasileira vendida ao mercado externo. |
A responsabilidade de toda a cadeia em relação à campanha de vacinação aumenta ainda mais se considerarmos o fato de que São Paulo recebe, por ano, cerca de 1,5 milhão de animais vindos de outros estados e até de outros países. Valem como referência os prejuízos econômicos registrados por Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, após a descoberta de focos da doença.
Exemplos ainda mais contundentes, Argentina e Uruguai, países onde a vacinação já havia sido suspensa, registraram 1.600 e 800 focos, respectivamente. Esse ano, Uruguai deve somar prejuízos em torno de US$ 250 milhões por causa da febre aftosa. A ameaça também vem da Bolívia, país cujo controle sanitário ainda é bastante precário. O próprio governo brasileiro tem apoiado o vizinho fornecendo vacina, tecnologia e até mão-de-obra especializada.
A febre aftosa não afeta diretamente a saúde dos consumidores, pois não contamina as pessoas. Mas o estrago que pode causar ao agronegócio certamente chegará à população por outros caminhos. Destruindo rebanhos e reduzindo oportunidades comerciais, a doença propaga escassez de produtos e elevação de preços.
É preciso que todos os segmentos da pecuária de São Paulo estejam unidos nessa empreitada: produtores, técnicos, entidades, indústria veterinária, órgãos governamentais etc. Somar resultados positivos ou amargar prejuízos só depende da própria cadeia produtiva, com ações – diretas ou indiretas – que sustentem a prevenção e o combate à febre aftosa.
* Mantenha a vacina na caixa de isopor até o momento da aplicação, com temperatura entre 2oC e 8oC. Não coloque-a no congelador;
* Utilize seringas e agulhas limpas e esterilizadas. Procure seguir sempre as precauções de higiene. A especificação das agulhas é 20×20;
* Antes de aplicar a vacina, verifique se a seringa está calibrada para o volume de 5ml, tomando precaução de evitar bolha de ar;
* Aplique com tranqüilidade, sem a preocupação de bater recordes de animais vacinados por hora;
* Coloque um número de animais no tronco suficiente para que fiquem apertados, procurando, com isso, imobilizá-los;
* Vacine animais de todas as idades, evitando misturar jovens com adultos;
* O local correto de aplicação da vacina é na tábua do pescoço. Não aplique em regiões de carnes nobres, como linha do dorso lombar e traseiro;
* Aplique a vacina no sentido contrário à posição da cabeça do animal, ou seja, de trás para a frente no tronco;
* Vacine todo o rebanho certifique-se de que todos os animais receberam a dose integral, evitando refluxo;
* Siga sempre as recomendações contidas no frasco da vacina.
ATENÇÃO: Exija a nota fiscal de compra da vacina e não deixe de atualizar seu cadastro junto ao Serviço de Defesa Agropecuária.
Fonte: Fundo de Desenvolvimento da Pecuária do Estado de São Paulo (FUNDEPEC)