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Início do período de quarentena no RS

Começou o período de quarentena para mais de 600 bovinos vendidos por cabanhas gaúchas para outros estados brasileiros na Expointer e nas exposições de primavera. São 30 dias na propriedade de origem e 14 dias no destino. É a última etapa de um longo período que começou com o ressurgimento da febre aftosa em campos gaúchos, em maio, e poderá se encerrar com a passagem dos animais pela divisa com Santa Catarina antes de 2002.

A enfermidade impediu a venda de mais bovinos para compradores tradicionais de fora. Muitos, entretanto, confiaram na alta genética gaúcha e não se importaram em deixar os exemplares no Estado até que a liberação fosse autorizada. Os animais permaneceram na propriedade vendedora, não participaram do manejo normal e serão submetidos, a partir de agora, a sorologia.

Os animais ficarão um mês na propriedade e, se o teste resultar negativo, seguem em caminhões lacrados para fazendas de São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais. Se o resultado for reagente, não saem do Estado. Nos 14 dias de quarentena no destino, também será realizado o exame sorológico. Se o resultado for negativo, os animais serão liberados. Em caso positivo, os bovinos serão sacrificados.

Os preparativos para a quarentena e a sorologia em 18 cabanhas de 15 municípios são intensos. Embora em número menor do que em outros anos, muitos estabelecimentos gaúchos venderam um volume expressivo de animais para fora do Estado. Somente das raças aberdeen, red angus e brangus foram negociados 376 exemplares para fora.

O momento também é de comemoração para os frigoríficos gaúchos. A liberação das exportações de carne maturada e sem osso à União Européia a partir de amanhã recoloca no mercado internacional algumas empresas afetadas pelas restrições sanitárias ao rebanho gaúcho. Mas os resultados não serão imediatos. O vice-presidente do Sindicato das Indústrias de Carnes do Estado (Sicadergs), José Alfredo Knorr, garante que o setor não vai imprimir muita velocidade nas vendas porque os preços da carne no mercado internacional estão baixos.

Fonte: Zero Hora/RS (por Jorge Correa), adaptado por Equipe BeefPoint

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