O serviço de defesa sanitária animal do Estado do Mato Grosso começa a ser vistoriado hoje, por uma equipe técnica da União Européia (UE) que estará atuando em duas frentes, uma auditando o sistema de defesa e outra o de inspeção. O objetivo é avaliar todos os elos da cadeia produtiva, desde as propriedades, lojas de produtos veterinários, unidades do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) e plantas frigoríficas, até o produto final que é a carne in natura que o Mercado Comum Europeu consome.
Os técnicos estão no Brasil desde o dia 26 de abril, percorrendo os estados de Goiás e Mato Grosso do Sul. O que determinou a vinda da Missão Européia a Mato Grosso é o interesse comercial. Os países europeus buscam mercados alternativos em função da incidência de doenças no rebanho bovino como a vaca louca. Mato Grosso, por suas vez, quer ampliar o número de municípios habilitados para a exportação de carne bovina. Condições para que isso aconteça não faltam.
O desempenho dos itens que serão avaliados pela Missão Européia no Estado está dentro dos padrões mundiais de imunização, segundo o presidente do Indea, Décio Coutinho. Os técnicos europeus irão avaliar o controle de trânsito, emissão de documentos sanitários e as estruturas, física e de pessoal do setor de defesa animal.
No roteiro da Missão Européia estão os municípios de Lucas do Rio Verde (330 km de Cuiabá), na tarde de hoje; Tangará da Serra (250 km da capital), amanhã (04) e Araputanga (330 km de Cuiabá), na quarta-feira. Esta é a programação inicial, mas como a escolha entre os municípios habilitados no Estado é aleatória, nada impede que haja mudanças de última hora. Em cada município, a missão pode vistoriar propriedades, revendas, frigoríficos e o escritório regional do Indea, responsáveis pelo serviço de sanidade animal.
Um dos fatores favoráveis para que Mato Grosso possa não só manter, mas ampliar a área habilitada para exportação de carne bovina é o resultado da última sorologia realizado pelos técnicos do Indea e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no Estado em outubro e novembro do ano passado. O teste realizado nos rebanhos bovino e bubalino confirmou a ausência de atividade viral de febre aftosa.
Fonte: Diário de Cuiabá, adaptado por Equipe BeefPoint