A National Meat Association e a Australian Meat Council, duas das maiores instituições ligadas ao setor de carnes da Austrália, irão formar juntas um corpo representativo para aumentar o poder de influência da indústria.
Segundo o membro da Associação dos Processadores de Carne da Região de Queensland, Greg Carey, essa fusão irá assegurar o futuro financeiro para os exportadores, processadores domésticos e pequenos processadores do país. “Houve um grande número de falências de abatedouros na Austrália nos últimos 10 anos. Certamente não é muito prático ter duas instituições referentes à indústria de carnes no país. Será muito mais viável ter apenas uma instituição, sendo mais fácil para nós obtermos financiamento”.
Divisão da cota norte-americana gera polêmica
O ministro federal da Agricultura da Austrália, Warren Truss, disse que mais processadores de carne australianos querem exportar carne bovina aos Estados Unidos do que o sistema de cotas do país norte-americano permite atualmente.
Truss informou que o governo australiano está introduzindo um sistema de divisão da cota dos EUA entre os abatedouros que exportam carne. Porém, este sistema de divisão da cota entre os australianos, que determina um volume máximo permitido para exportação aos EUA por abatedouro, acabou sendo responsável pela não criação de 400 novos empregos no país, justamente porque acabou prejudicando um acordo feito entre um abatedouro de Mudgee, na região central de New South Wales, e um processador de carnes.
Truss, no entanto, defendeu-se dizendo que a única forma de mudar esta situação é aumentando a cota de exportação de carne bovina aos EUA. “A cota deve ser dividida entre mais de 60 processadores e a realidade é que ela não é suficiente para suprir as necessidades de todos. Sendo assim, o que temos que fazer é preservar os mercados já existentes o máximo possível, enquanto damos àqueles que querem expandir suas exportações alguma oportunidade para fazê-lo”.
Fonte: Australian Broadcasting Corporation, adaptado por Equipe BeefPoint