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Instituto da carne defende inclusão da carne nas diretrizes alimentares como parte de uma dieta saudável nos EUA

O Instituto da Carne instou os Departamentos de Saúde e Serviços Humanos (HHS) e de Agricultura (USDA) dos EUA a incluírem carne e aves como parte de uma dieta americana saudável, apontando falhas e contradições no Relatório Científico do Comitê Consultivo das Diretrizes Alimentares de 2025, segundo um comunicado.

“O Relatório Científico do Comitê contém descobertas contraditórias e confusas”, afirmou Susan Backus, Vice-Presidente de Assuntos Regulatórios e Científicos do Instituto da Carne. “Os produtos de carne e aves são alimentos ricos em nutrientes que ajudam os americanos a atender às suas necessidades essenciais de aminoácidos e nutrientes, e, no entanto, o Relatório recomenda a redução do consumo de carnes vermelhas e processadas. Quando 95% dos americanos consomem carne, é essencial fornecer orientações alimentares claras aos consumidores sobre como incluir os produtos cárneos que apreciam em sua dieta, ao mesmo tempo que promovem um impacto positivo e mensurável na saúde.”

O Instituto da Carne enviou sua análise sobre as conclusões do Relatório durante o período de comentários. Os departamentos utilizarão o Relatório de 2025 como um recurso-chave na formulação das Diretrizes Alimentares para os Americanos, com o objetivo de fornecer recomendações nutricionais significativas à população.

O Instituto da Carne apresentou os seguintes argumentos em seus comentários:

  • Carne e aves, incluindo carnes vermelhas e processadas, fazem parte de padrões alimentares saudáveis.
  • Alimentos ricos em proteínas são consumidos dentro das faixas recomendadas.
  • O padrão alimentar proposto omite alimentos essenciais ricos em nutrientes, como carne e aves.
  • Reduzir alimentos de origem animal resultará em impactos nutricionais significativos.
  • Fazer recomendações dietéticas com base no nível de processamento dos alimentos não é apropriado e pode gerar consequências indesejadas.
  • O contexto e a clareza sobre padrões alimentares são fundamentais.
  • A orientação alimentar deve ser prática, acessível e viável.
  • O HHS e o USDA devem desenvolver a política final com a expertise de cientistas de alimentos e especialistas em comportamento do consumidor.
  • As atualizações das diretrizes existentes devem ser claras e consistentes.
  • Disciplinas científicas adicionais, incluindo cientistas de alimentos, devem integrar o Comitê Consultivo de 2030.

“Para que a orientação seja adotada, as informações devem ser comunicadas de forma compreensível e facilmente aplicável”, disse Backus. “As diretrizes devem focar na melhoria dos hábitos alimentares dentro dos padrões de consumo já existentes nos Estados Unidos, e não em recomendações idealistas que provavelmente nunca serão implementadas, pois podem ser inviáveis, confusas ou muito caras.”

O comunicado também destacou que produtos de carne e aves fornecem uma fonte equilibrada de todos os aminoácidos essenciais e mais proteínas do que outras fontes alimentares. A proteína é essencial para o desenvolvimento, manutenção e reparo dos músculos; é fundamental para o crescimento e desenvolvimento cerebral em crianças; e ajuda a prevenir a perda muscular durante o envelhecimento.

O Instituto da Carne demonstrou grande preocupação com a possibilidade de os consumidores passarem a enxergar carne e aves como escolhas alimentares inadequadas, o que pode levar a diversas consequências indesejadas, incluindo deficiências nutricionais em determinadas populações, alertou Backus.

O Relatório identificou a deficiência de ferro como um problema de saúde pública para adolescentes do sexo feminino, mulheres entre 20 e 49 anos e pessoas grávidas. Também constatou que muitas pessoas acima de um ano de idade consomem quantidades insuficientes de proteínas, fibras dietéticas, cálcio, potássio, magnésio, ferro, zinco e outros nutrientes essenciais.

Uma recomendação para reduzir, limitar ou evitar produtos ricos em nutrientes, como carne e aves, pode gerar impactos nutricionais negativos significativos ao longo de todas as fases da vida, especialmente entre as populações mais vulneráveis.

“Um padrão alimentar modificado ao estilo saudável dos EUA pode acarretar consequências nutricionais e energéticas indesejadas. Os americanos precisam melhorar seus hábitos alimentares para promover a saúde”, afirmou Backus. “Considerar escolhas alimentares baseadas no paladar, preferências culturais, estado de saúde, condição econômica e disponibilidade de alimentos será essencial para melhorar a alimentação da população americana. Uma recomendação para reduzir, limitar ou evitar produtos ricos em nutrientes, como carne e aves, terá consequências nutricionais significativas em todas as fases da vida.”

Fonte: Drovers, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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