Com a integração entre lavoura e pecuária o médio norte do Mato Grosso tornou-se o paraíso dos produtores proeminentes. A pecuária, sobretudo na fase final de engorda, é praticada de forma concentrada em áreas ruins para a agricultura ou até com a introdução de capim em rotação com os plantios. Outra opção é o confinamento.
Com a integração entre lavoura e pecuária o médio norte do Mato Grosso tornou-se o paraíso dos produtores proeminentes. O deputado estadual Otaviano Pivetta, ex-prefeito de Lucas do Rio Verde e dono do grupo Vanguarda do Brasil, se vangloria de plantar 220 mil hectares de soja, algodão e milho e de possuir muitas dezenas de milhares de bois.
Darcy Ferrarin, que explora fazendas em Sorriso e outros municípios, disse que “o agronegócio deve ser visto como um sistema”. A integração, para ele, é justamente a forma de esparramar os ovos em mais cestas e não ficar tão exposto ao vaivém de apenas uma ou duas commodities.
Segundo ele, Sorriso é o município com maior produtividade de soja no país, quase 30% acima da média nacional. A estratégia dos agricultores adeptos da integração é de plantar a chamada “soja precoce”. Para o empresário Orcival Guimarães, depois da soja precoce, a opção é plantar milho e algodão. A generosidade da chamada “safrinha” de milho é uma característica da região.
A pecuária, sobretudo na fase final de engorda, é praticada de forma concentrada em áreas ruins para a agricultura ou até com a introdução de capim em rotação com os plantios. Outra opção é o confinamento, com o uso de diversos subprodutos dos plantios como ração e da silagem. Hoje, porém, como explica Guimarães, há problemas no fornecimento de bois para engorda, o que explica por que o preço da carne subiu tanto.
As informações são de Fernando Dantas, do jornal O Estado de S.Paulo.