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Investimento em genética amplia oferta de bezerros do Vale do Jequitinhonha

O investimento em animais de alto padrão genético tem sido a opção de muitos pecuaristas do Vale do Jequitinhonha para melhorar a qualidade do rebanho bovino produtor de carne e de leite. Com o auxílio do Pró-Genética (Programa de Melhoria da Qualidade Genética do Rebanho Bovino de Minas Gerais), pequenos e médios pecuaristas da região estão conseguindo adquirir touros melhoradores e, consequentemente, ampliar a oferta de animais para comercialização, principalmente bezerros de corte.

O Pró-Genética é um programa do Governo de Minas, com participação da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater–MG) e em parceria com a Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), Associação Brasileira dos Criadores de Girolando e outras entidades do setor. O programa promove leilões e feiras em todo o Estado, onde os pecuaristas podem adquirir touros de alto padrão genético com condições facilitadas de pagamento.

Em 2015 já foram realizados duas feiras de touros do Pró-Genética no Vale do Jequitinhonha, nos municípios de Araçuaí e Santo Antônio do Jacinto.

No Vale do Jequitinhonha, o rebanho de vacas e novilhas é de 916 mil cabeças. São aproximadamente 35 mil pecuaristas, predominando pequenos e médios produtores. “O Jequitinhonha possui vocação natural para a atividade bovina, e em especial para a cria, ou seja, a produção de bezerros de corte. O número de fêmeas com capacidade de reprodução é bastante expressivo. Um touro de elite (alto padrão genético), criado em condições sanitárias e com alimentação ideal, pode acasalar com até 50 vacas por ano”, explica o coordenador de estadual de bovinocultura de Emater-MG, José Alberto de Ávila Pires.

Segundo ele, o mercado para bezerro de corte atravessa um bom momento. O bezerro de boa genética no momento da apartação, ou seja, na desmama, quando atinge entre seis e oito meses, com cerca de seis arrobas (180 kg), é vendido pelo preço aproximado de R$ 1.200,00. Média de R$ 200,00 por arroba. “Além de melhorar a qualidade de seu rebanho, o produtor também pode atender a este mercado de bezerro de corte. Em comparação com o preço do boi gordo em Minas Gerais, que possui preço médio de R$ 140,00 por arroba, o produtor consegue valorização de 30% ao vender o bezerro de corte melhorado. Isso significa mais renda para o pecuarista, especializado na atividade de cria”.

Os extensionistas da Emater-MG oferecem apoio para o produtor rural escolher o touro mais adequado ao seu rebanho, para alcançar melhores resultados. Para o coordenador regional da Emater-MG, Diogo Franklin Caires, existe uma mudança no perfil dos produtores rurais da região. “Com toda dificuldade enfrentada com a seca na região houve diminuição na quantidade do rebanho. E o produtor está em busca de melhorar a qualidade do atual rebanho para repor as perdas e ter um retorno maior”.

Fonte: Emater-MG, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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