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IPCV promoverá consumo de carne argentina no Chile

Uma missão de empresários da indústria pecuária e da indústria frigorífica da Argentina apresentou nesta semana no Chile os delineamentos de uma campanha que será desenvolvida pelo Instituto de Promoção da Carne Bovina (IPCV), com o intuito de impulsionar o consumo do produto argentino no mercado chileno.

A missão foi chefiada pelo presidente da entidade, Arturo Llavallol, e teve como objetivo expor os objetivos do programa aos importadores e representantes das cadeias de supermercados, hotéis e restaurantes do Chile.

O Chile é, atualmente, o segundo mercado em importância para as exportações de carnes da Argentina “porque suas compras complementam os cortes enviados à Europa (pela cota Hilton) e permitem um aproveitamento integral da rês”, disse o vice-presidente do IPVC, Miguel Schiariti.

A campanha de promoção da carne argentina no país vizinho se desenvolverá com base em uma pesquisa sobre as características do mercado do Chile, diferenciação por nível de compra, hábitos de consumo e preferências da demanda com relação às carnes vermelhas e alimentos alternativos. A pesquisa, realizada sobre um universo de empresas especializadas e consumidores das áreas urbanas chilenas, foi desenvolvida pela consultora Melnik Burke.

A decisão de fazer uma pesquisa de mercado e encarar uma campanha promocional foi antecipada em agosto passado, durante a degustação de produtos organizada pelo IPVC na sede da Embaixada Argentina em Santiago, realizada devido ao fato de o mercado chileno ter sido reaberto às carnes argentinas no mês anterior.

“A promoção pretende re-posicionar as carnes argentinas entre os consumidores chilenos mais exigentes”, disse Llavallol.

A Argentina chegou a fornecer 70% das importações de carne chilenas, estimadas em US$ 130 milhões anuais, mas agora, o país compete duramente com os produtos brasileiros, cujos exportadores aproveitaram a ausência da Argentina no mercado para aumentar sua participação.

Os dirigentes do IPVC estimam que a competição com o Brasil será “no plano dos preços, já que o público chileno reconhece a melhor qualidade da carne argentina, ainda que tenha que pagar mais caro”.

Outro aspecto que será incluído na campanha é a recuperação da confiança dos importadores e distribuidores chilenos com relação à continuidade no abastecimento do produto argentino. Isso porque, com os recorrentes focos de febre aftosa ocorridos na Argentina, as autoridades chilenas fecharam várias vezes seu mercado para o produto argentino, o que prejudicou os circuitos comerciais vinculados à carne.

O Brasil também registrou focos de aftosa, mas o sistema de regionalização sanitária adotado pelas autoridades lhes permite diferenciar zonas e continuar exportando carne bovina proveniente dos locais onde não ocorreram focos da doença.

As vendas de carne bovina argentina (fresca e miúdos) ao Chile somaram 38,4 mil toneladas em 1999, cerca de US$ 100 milhões e representaram 20% das exportações de carnes da Argentina neste período. Em 2000, o volume atingiu 32 mil toneladas, equivalente a 16% das exportações de carnes, mas em março de 2001, a Argentina reconheceu oficialmente a existência de febre aftosa e o mercado chileno se fechou até o fim de 2002.

No início de 2003, foram reiniciadas as vendas ao Chile, que voltaram a ser suspensas nove meses depois. No entanto, entre janeiro e setembro de 2003, os embarques de carne bovina argentina somaram 20,156 mil toneladas, por US$ 32,7 milhões.

Fonte: Infobae.com, adaptado por Equipe BeefPoint

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