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Irã envia certificadores a frigoríficos brasileiros

Para atestar o caráter "halal" da carne brasileira, o governo do Irã envia até xeques aos frigoríficos. Na unidade de Barretos do Minerva, a Folha entrevistou o supervisor de todos os 20 líderes religiosos que estão no país atualmente apenas para certificar o produto.

Para atestar o caráter “halal” da carne brasileira, o governo do Irã envia até xeques aos frigoríficos. Na unidade de Barretos do Minerva, a Folha entrevistou o supervisor de todos os 20 líderes religiosos que estão no país atualmente apenas para certificar o produto.

Mohammad Najafizadeh, 58, assim como todo muçulmano praticante, reza cinco vezes ao dia, mesmo se estiver no frigorífico. Há uma sala exclusiva para as delegações de iranianos na unidade do Minerva em Barretos, onde as orações, feitas com o corpo voltado à cidade de Meca, acontecem.

Conforme o degolador iraniano Omid Bahojb, 31, integrante da delegação do Irã e único que fala português, Najafizadeh é o certificador do governo para o aspecto religioso da degola e limpeza.

Um documento chamado “certificado de abate islâmico” é assinado pelo xeque, caso contrário, a carne importada não é aceita.”O Irã é um país islâmico e muito rigoroso em relação a isso (inspeção religiosa). Se não tiver a certificação, o país não abre suas portas”, diz Bahojb.

Além de Bahojb, enviado a Barretos pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Irã, e Najafizadeh, integra a delegação persa o veterinário Najaf Mohsen, responsável pela certificação sanitária da carne comprada pelos iranianos. Assim como o xeque, ele é um representante do governo iraniano no frigorífico.

O Minerva aluga casas para a delegação. Além de iranianos, se hospedam nas casas delegações da Argélia (África), e de Israel (Oriente Médio). É que os judeus de Israel também só compram “carne religiosa”. Ao contrário dos islâmicos, judeus só compram a carne da parte dianteira do boi.

A reportagem é de Veridiana Ribeiro da Folha de S.Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. andre cunha disse:

    Hoje o Egito, Argelia e Iran, figuram como os três maiores importadores de carne abatida pelo rito islâmico (halal). Com a diferença dos outros é que o Iran exige o acompanhamento pessoal dos seus inspetores, o Sheik para controlar o aspecto religioso e um representante do IVO Iranian Veterinary Organization, para controlar o aspecto sanitario.
    Egito exige o certificado halal, porém dispensa o acompanhamento de pessoal, já a Argélia depende do cliente, quando são compras para as forças armadas, por exemplo isso é exigido.
    Já os Judeus exigem um rito completamente diferente, o rito Kosher, onde o abate,processamento e até mesmo os cortes, só o dianteiro, porém com 10 verebras ao inves do normel 8, são diferentes.
    Existe grandes diferenças entre os dois ritos e a confusão entre um e outro não será bem aceito nem por parte dos Islamicos nem pelos Judeus.

    André Cunha
    Trader