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Por falta de aviso não foi!
17 de outubro de 2005

Irlanda: barreira imposta pela UE é “inadequada”

Os líderes do setor rural da Irlanda consideraram a decisão da União Européia (UE) tomada nesta semana de impor uma barreira parcial à carne bovina brasileira, após a confirmação de um caso de febre aftosa no País, insuficiente.

O presidente da Associação de Produtores Rurais da Irlanda (Irish Farmers Association – IFA), John Dillon, disse que a decisão da UE foi inadequada. Com sérias falhas de rastreabilidade e controles nos movimentos animais no Brasil, uma barreira regional não pode ser efetivamente implementada.

“O risco mais sério para a carne bovina brasileira é sua origem desconhecida e a falta de rastreabilidade. Inclusive nesse último caso de febre aftosa isso é preocupante, a origem da doença é desconhecida”.

O presidente da Associação de Fornecedores de Leite da Irlanda (Irish Creamery Milk Suppliers Association ICMSA), Pat O’Rourke, saudou a barreira à carne bovina brasileira vinda da principal região exportadora, mas disse que pediu por uma barreira completa para toda a carne bovina originada do país. Ele reiterou a crença da ICMSA de que continua havendo um sério risco para a saúde animal na Irlanda e na UE se qualquer carne bovina brasileira for importada e a falha em tomar uma atitude pode custar um alto preço aos produtores rurais da região.

“A Irlanda precisa demandar uma revisão completa dos procedimentos da Europa nas importações de áreas que representam sérios riscos à saúde animal. Este episódio mostra mais uma vez o problema de prejudicar a agricultura na Europa e a confiança em fontes de alimentos que são imprevisíveis e que estão acopladas a importantes ameaças. A ministra (da Agricultura) Mary Coughlan precisa insistir que todos os alimentos importados – particularmente carnes – tenham os mesmos requerimentos de rastreabilidade que aqueles demandados dos produtores da UE”.

Ele disse que a carne bovina brasileira que está atualmente na Irlanda deveria ser retirada imediatamente e incinerada sob a supervisão do Governo.

Fonte: Examiner.ie (por Ray Ryan), adaptado por Equipe BeefPoint

0 Comments

  1. Fábio Andrade disse:

    Temos que tomar muito cuidado neste momento delicado, pois agora sofreremos muita pressão comercial de alguns países (produtores ou não) para que barrem as carnes de regiões comprovadamente livres de aftosa (com vacinação) no Brasil.

    Que precisamos melhorar o sistema de rastreabilidade, isto é certo. Porém, já há algum tempo uma grande melhora da conscientização por parte da maioria dos produtores brasileiros quanto importância da sanidade dos gados.

    O governo precisa, agora com este episódio, começar a entender melhor o funcionamento desta cadeia tão importante que é a cadeia da carne.

    Espero que possam (os governantes) efetivamente minimizar os prejuízos desta situação.

    E que repassem sempre aos governos estaduais (que também devem repassar) os recursos, para que o criador possa manter os seus (animais) sadios.

    Este mercado gera um PIB significativo para o país. Por favor dêem mais atenção a ele!

  2. Joaquim Medeiros de Souza Júnior disse:

    Aí está ao que nos expusemos ao abandonar a implantação da certificação responsável do nosso rebanho. Atitude como essa da Irlanda é só começo e, aliás, nem concorrente ela é.