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16 de abril de 2007

Irlanda pede embargo a carne bovina do Brasil

O presidente do Comitê de Bovinos e Carne Bovina da Irish Creamery Milk Suppliers Association (ICMSA), da Irlanda, Martin McMahon, pediu por uma proibição completa e indefinida da carne bovina brasileira imediatamente após uma recente admissão por parte do novo ministro da Agricultura brasileiro, Reinhold Stephanes, de que os controles e programas da febre aftosa precisam ser melhorados no Brasil.

O presidente do Comitê de Bovinos e Carne Bovina da Irish Creamery Milk Suppliers Association (ICMSA), da Irlanda, Martin McMahon, pediu por uma proibição completa e indefinida da carne bovina brasileira imediatamente após uma recente admissão por parte do novo ministro da Agricultura brasileiro, Reinhold Stephanes, de que os controles e programas da febre aftosa precisam ser melhorados no Brasil.

Stephanes recentemente disse que “o combate à aftosa precisa ser reestruturado” e que esta reestruturação é uma das prioridades do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. No caso dos trabalhos na região de fronteira com o Paraguai e Bolívia, o ministro ressaltou que está sendo analisada a proposta de criação de uma área de segurança nos países vizinhos e o uso das forças armadas não está descartado, de acordo com o jornal O Estado de São Paulo.

McMahon disse ao site Unison.ie que a admissão levanta questões muito sérias sobre os controles que supostamente estão sendo feitos pelas autoridades da União Européia (UE). Ele disse que os próprios brasileiros estão admitindo as deficiências em seus controles, mas a UE parece satisfeita em continuar importando carne bovina do Brasil.

“Apesar da barreira imposta à carne bovina brasileira em 2006, as quantidades deste produto que estão entrando no mercado caíram somente marginalmente”. Ele disse que está na hora das autoridades da UE exigirem do Brasil os mesmos altos padrões que demandam dos produtores irlandeses e evitarem a ocorrência de um “desastre”.

“Temos uma situação onde os próprios brasileiros estão dizendo que precisam usar suas forças armadas para garantir a criação de uma área segura, sem a doença, o que significa que eles mesmos não têm confiança em suas chamadas zonas internas livres da doença. Não existe nenhuma parte do Brasil de onde a carne bovina pode ser importada com o nível necessário de segurança”, concluiu McMahon.

0 Comments

  1. Luciano Andrade Gouveia Vilela disse:

    Avisem ao Sr. MCMahon que aqui no Tocantins, não fazemos divisa com nenhum país, estamos livres com vacinação a 10 anos e nossas divisas com estados do Pará e Maranhão que não são zonas livres é na quase totalidade feita por rios de grande porte. E mesmo assim temos a menor cotação do Brasil.

    Quem sabe assim ele se anime a negociar com a gente e talvez nosso preço comece a melhorar um pouquinho.

  2. Antonio Pereira Lima disse:

    Logo após as declarações do ministro Stephanes de que a Abiec mantém o domínio, o cartel e o monopólio sobre as exportações, o que é uma grande verdade, aparece este tal McMahon, que deve ser muito amigo do Sr Pratini de Moraes, tentando denegrir e deturpar as palavras do ministro com relação ao combate à febre aftosa.

    Reestruturar o sistema e usar as forças armadas se preciso, nada mais é do que um velho sonho de todos os setores que estão realmente querendo acabar com o fantasma da aftosa, porque a aftosa já morreu faz tempo, que não pára de nos pregar sustos. Infelizmente nem todos que estão no mesmo barco tem o mesmo objetivo, mas este barco construído por falsos representantes do setor produtivo, no qual os produtores entraram de gaiato, está naufragando, e já esta em fase de acabamento um novo barco que terá uma tripulação selecionada para que todos tenham o mesmo objetivo, o crescimento e o sucesso de toda a cadeia.

    E para terminar mando um alerta para a Abiec, escolham outro porta voz este McMahon é muito fraco.