Irlanda pede novo embargo à carne brasileira

Os produtores irlandeses novamente atacaram os padrões da carne bovina brasileira que está sendo exportada à União Europeia (UE). O presidente da Associação de Produtores Rurais da Irlanda (IFA, da sigla em inglês), Padraig Walshe, disse que o último relatório do Serviço de Alimentação e Veterinária da União Europeia (FVO, sigla em ingles) da UE prova novamente que a produção de carne bovina no Brasil não cumpre os padrões dos europeus, com metade das propriedades inspecionadas falhando em cumprir os requerimentos da UE em assuntos importantes como registro, rastreabilidade e controles de movimentos. Além disso, ele disse que carne bovina brasileira desaprovada entrando na UE representa riscos sérios e inaceitáveis em termos de febre aftosa para o bloco europeu.

Os produtores irlandeses novamente atacaram os padrões da carne bovina brasileira que está sendo exportada à União Europeia (UE). O presidente da Associação de Produtores Rurais da Irlanda (IFA, da sigla em inglês), Padraig Walshe, disse que o último relatório do Serviço de Alimentação e Veterinária da União Europeia (FVO, sigla em ingles) da UE prova novamente que a produção de carne bovina no Brasil não cumpre os padrões dos europeus, com metade das propriedades inspecionadas falhando em cumprir os requerimentos da UE em assuntos importantes como registro, rastreabilidade e controles de movimentos. Além disso, ele disse que carne bovina brasileira desaprovada entrando na UE representa riscos sérios e inaceitáveis em termos de febre aftosa para o bloco europeu.

Walshe disse que com a confirmação do FVO de que o sistema no Brasil de verificação de fazendas para exportar para a Europa tem efetivamente falhado, o Comissário para Saúde e Direitos do Consumidor da Comissão Europeia, Androulla Vassiliou, precisa executar a parada imediata desse processo que tem liberado mais de 1.200 fazendas brasileiras até agora.

“Está claro e bem estabelecido por vários relatórios do FVO que as autoridades brasileiras não são capazes e nem preparadas para tomar as atitudes necessárias para cumprir os padrões da UE. A Comissão Europeia não tem outra alternativa a não ser re-impor uma barreira às importações de carne bovina brasileira”.

“Esse último relatório novamente justificou as descobertas da investigação feita pela IFA/Farmers Journal no Brasil em 2007, que mostrou a falta de rastreabilidade do gado, ampla remoção ilegal de identificadores, movimentos e controles de febre aftosa totalmente inadequados e uso de hormônios promotores de crescimento”.

Walshe disse que os fatos do relatório da FVO são de que 50% das fazendas aprovadas e inspecionadas pela UE falharam em cumprir os padrões europeus. Das 12 fazendas inspecionadas, seis não cumpriam os padrões e dentro dessas, três faziam práticas fraudulentas relacionadas à identificação do gado, controles de movimentos e rastreabilidade.

Em uma fazenda, um oficial assinou uma notificação de movimento com data antiga, de sete meses antes. Em outra fazenda, 50 animais foram identificados e colocados na base de dados catorze meses depois de seu nascimento. Em outra propriedade, durante a inspeção de aprovação, o oficial aceitou 22 animais que tinham sido re-identificados após a perda de seus brincos originais.

O relatório do FVO destacou mais problemas significantes em mais três fazendas. Na primeira, o oficial não considerou 1.264 animais já presentes em confinamento. Em mais duas propriedades, a UE levantou sérias questões relacionadas ao conflito de interesses com oficiais do Governo também atuando como médicos veterinários nas fazendas e, em um caso, o oficial era dono de alguns dos animais da propriedade.

Foram novamente detectadas falhas de controles dos movimentos e rastreabilidade. Onze animais não identificados foram incluídos em um carregamento que foi enviado a um abatedouro aprovado pela UE.

O presidente da IFA disse que a inspeção também identificou sérias deficiências relacionadas à certificação e particularmente em relação a carregamentos de carne bovina fresca introduzidos no território da UE para trânsito a outros países. Mais de 20 carregamentos foram enviados do Brasil e introduzidos no território da UE para trânsito a outros países sem emissão de certificados de trânsito. Ele disse que a carne desses carregamentos não foram maturadas e 50% dos animais que originaram esses carregamentos vieram de áreas não aprovadas para exportação para a UE.

Walshe disse que essa carne bovina não aprovada que entrou na UE apresentou um sério risco em termos de febre aftosa na UE. Ele disse que a UE deu ao Brasil todas as oportunidades para cumprir os padrões. Agora, é hora de pedir a interrupção e que a Comissão não tem outra opção a não ser impor uma barreira à carne bovina brasileira por falhar em cumprir os padrões da UE.

Walshe disse que a Comissão Europeia não pode persistir com uma política de padrões duplos. Ele disse que ou o Brasil cumpre com os padrões ou não.

A reportagem é do Thebeefsite.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. HILDOMAR SANTOS disse:

    Se alguem conhece a cultura e natureza do povo Irlandes(como eu,pois trabalho com varios deles aqui onde resido)logo ira entender que sao um povo capaz dos mais baixos golpes quando se quer conseguir algo.No caso, a missao dos irlandeses nao tem sido outra a nao ser perseguir e combater a carne brasileira,principalmente ja por estarem convencidos que sao incapazes de representarem concorrencia a mesma.O bom mesmo seria a representatividade brasileira lidar energicamente com a comissao irlandesas e mostrarem a eles o seu devido lugar no mercado internacional ou entao conquistarmos outro mercado que seja um substituto imediato a UE.Porque essa novela parece nao ter fim.

  2. HILDOMAR SANTOS disse:

    Enquanto os irlandeses e ingleses integrarem a comissao da UE o brasil nao tera descanso para esporta a carne, que inquestionavelmente e superior em qualidade e quantidade.

  3. Frank Yeo disse:

    I am English and work in pecuaria in Brazil. This is rethoric from mainly the Irish Farmers Union, whose members have a failed to get professional marketing of Irish beef established. They are trying to protect their own product. Do not react and get involved in a war of words. Brazilian beef is good quality and will reach the marketplace when we are ready with sufficient supplies to export. When the conditions are right we need to have professional marketing and we will win a good percentage of the market.

    Frank Yeo.

    Tradução:

    Sou inglês e trabalho com pecuária no Brasil. Isso é uma característica da Irish Farmers Union, cujos membros falharam na tentativa de estabelecer um marketing profissional para a carne irlandesa. Eles estão tentando proteger seu próprio produto. Não devemos reagir e nos envolver em uma guerra de palavras. A carne brasileira tem boa qualidade e irá aumentar a participação no mercado quando nós estivermos prontos e com oferta suficiente para exportar. Quando tivermos essas condições, necessitaremos de um marketing profissional e nós ganharemos bom percentual do mercado.

  4. Gil Marcos de Oliveira Reis disse:

    Caro Frank Yeo,

    Tive o trabalho de traduzir (com o google) o seu comentário e gostei (abaixo segue a tradução.

    A Irish Farmers Union é uma organização especializada em promover os produtos irlandeses, razão pela qual tenta bombardear a carne do Brasil, em outras palavras, medo de perder a concorrência.

    Aqui no Pará enfrentamos uma outra ONG irlandesa, a WSPA, que tenta de todas as formas, promover a redução das exportações e nível de Brasil quer reduzir o consumo da carne e os rebanhos brasileiros tentando usa o MAPA.

    A tradução do comentário do Frank é mais ou menos assim:

    “Sou Inglês e trabalho em pecuaria no Brasil. Trata-se principalmente a retórica do Irish Farmers Union, cujos membros não têm um profissional para obter comercialização de carne irlandesa. Eles estão tentando proteger seu próprio produto. Não se deve reagir e envolver-se em uma guerra de palavras. A carne brasileira é de boa qualidade e vai chegar ao mercado. Estamos prontos e temos suprimentos suficientes para exportação. Precisamos ter profissionais de comercialização e vamos ganhar uma boa fatia do mercado.”

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