Os produtores de carne bovina da Irlanda fizeram um alerta ao negociador da Comissão Européia junto à Organização Mundial do Comércio (OMC), Comissário Peter Mandelson, pedindo que este venda a indústria de carne bovina irlandesa.
Os produtores de carne bovina da Irlanda fizeram um alerta ao negociador da Comissão Européia junto à Organização Mundial do Comércio (OMC), Comissário Peter Mandelson, pedindo que este venda a indústria de carne bovina irlandesa.
O presidente da Associação Irlandesa de Produtores Rurais (IFA), Padraig Walshe, alertou em Bruxelas que na reunião da OMC desta semana, em Postdam, Alemanha, a Comissão poderia tentar conseguir um acordo a qualquer preço e os produtores irlandeses estão preocupados que a indústria de carne bovina possa ser vítima da tentativa da União Européia (UE) de conseguir um acordo no setor de indústrias e serviços.
“Os cálculos feitos pela Comissão Européia mostraram que o corte médio na tarifa de 51% que poderia ser oferecido por Mandelson destruiria a agricultura da Europa em 20 bilhões de euros (US$ 26,85 bilhões) e se Mandelson seguir este caminho, cortes mais profundos tirariam 30 bilhões de euros (US$ 40,27 bilhões) dos produtores familiares na Europa”.
Walshe disse que a IFA já tinha estabelecido que a carne bovina brasileira não está adequada para entrar na Europa, mas que Mandelson está determinado a destruir a agricultura familiar na Europa para promover os interesses de seus amigos em grandes negócios, e os comerciantes de commodities, que explorarão os consumidores e os produtores irlandeses uma vez que tiverem o controle do mercado.
Ele disse que os rendimentos dos produtores irlandeses estão abaixo dos lucros médios industriais e que a oferta de Mandelson aos norte-americanos e brasileiros vai destruir os rendimentos no setor de carne bovina da Irlanda.
Um alerta similar foi feito pelo presidente da União Nacional dos Produtores Rurais Britânicos, Peter Kendall, que expressou suas preocupações sobre os recentes pedidos por um acordo agrícola a qualquer custo. Ele disse que as concessões da UE precisam ser equilibradas pelas concessões de outros países e por uma flexibilidade suficiente no acordo final. As informações são do site MeatNews.com.