A confirmação de um caso de febre aftosa no Brasil reforça a necessidade de uma barreira total pela União Européia (UE) às importações de carne bovina do País, declarou a Associação de Produtores Rurais da Irlanda (Irish Farmers Association – IFA).
O presidente da IFA, John Dillon, falando em Cologne, Alemanha, onde está participando da feira internacional de alimentos e bebidas Anuga, disse que o risco mais sério da carne bovina brasileira é sua origem desconhecida e a falta de rastreabilidade.
“Os consumidores da UE e as agências de segurança alimentar estão demandando padrões rigorosos dos produtores rurais europeus e com razão. Entretanto, o mesmo não pode ser dito da política de produtos importados da UE”.
Dillon acusou a Comissão Européia de ter padrões duplos ao falhar em implementar as mesmas regulamentações e pediu por uma barreira imediata. Ele disse que Estados Unidos, Japão, Austrália, Nova Zelândia e Coréia do Sul já proibiram a importação de carne bovina brasileira por razões sanitárias.
Dillon disse também que escreverá uma carta ao Comissário Europeu para Saúde e Assuntos ao Consumidor, Marcos Kyprianou, para demandar ações e que pedirá à ministra da Agricultura, Mary Coughlan, que negocie diretamente com a Comissão.
As notícias do novo caso vieram justamente quando os produtores aumentaram suas demandas por uma barreira às importações de carne bovina do Brasil, que têm aumentado dramaticamente nos últimos anos.
Fonte: Examiner.ie (por Ray Ryan), adaptado por Equipe BeefPoint