Mercados Futuros – 14/02/08
14 de fevereiro de 2008Boi gordo: oferta reduzida, indicador cotado a R$ 75,89
18 de fevereiro de 2008Jan/08: vendas à UE aumentam, recorde nas exportações
Em janeiro de 2008, o Brasil bateu novos recordes nas exportações de carne bovina in natura, que renderam US$ 346,74 milhões. O aumento considerável na receita só foi possível graças ao aumento no preço médio da carne exportada (US$ 3.969/tonelada), que foi de 20,72%. Ao analisarmos os dados podemos notar um aumento significativo na participação das vendas à União Européia. As vendas ao bloco representaram 40,12% do total exportado pelo Brasil em janeiro.
Em janeiro de 2008, o Brasil bateu novos recordes nas exportações de carne bovina in natura, que renderam US$ 346,74 milhões. O aumento considerável na receita só foi possível graças ao aumento no preço médio da carne exportada (US$ 3.969/tonelada), que foi de 20,72%.
Apesar da carne bovina ter registrado valorizações consecutivas nos últimos meses, um fator em especial contribuiu para o aumento dos preços. Ao analisarmos os dados podemos notar um aumento significativo na participação das vendas à União Européia. As vendas ao bloco representaram 40,12% do total exportado pelo Brasil em janeiro, no mês anterior a participação foi de 21,2%.
Com as novas restrições à importação de carne bovina in natura anunciadas pela UE no final do ano passado e à luz de uma possível suspensão nas compras do bloco em 1o de fevereiro, que veio a se confirmar, os exportadores brasileiros e compradores europeus se anteciparam para negociar o maior volume possível do produto durante janeiro.
Na tabela abaixo podemos observar os dados referentes as exportações brasileiras à UE e as
exportações totais (envios para todos os mercados que o Brasil atende), de acordo com os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
No mês de janeiro, o Brasil exportou 19.821 toneladas à UE, 159,27% mais do que as 7.645 toneladas enviadas em dezembro e 21,81% superior ao volume exportado no mesmo período de 2007.
Quanto a receita, o aumento foi maior. No mês passado os exportadores arrecadaram US$ 146,32 milhões nos vendas aos europeus, 176,79% mais do que no mês anterior e 96,74% acima do US$ 74,38 milhões faturados em janeiro de 2007. Em janeiro passado o preço médio da carne bovina exportada para a UE foi de US$ 7.383/tonelada, valor 86,01% superior ao preço médio das exportações totais brasileiras.
Tabela 1. Exportações brasileiras de carne bovina in natura para a UE
Tabela 2. Exportações brasileiras de carne bovina in natura
Assim o principal motivo para o aumento no preço médio da carne bovina exportada, e conseqüentemente a receita das exportações, foi o aumento no volume adquirido pelo cliente que melhor remunera o produto brasileiro.
Até o momento, o Governo brasileiro ainda não conseguiu chegar a um acordo com as autoridades européias. Ontem mais uma lista com as propriedades brasileiras aptas a exportar, elaborada pelo Mapa, foi recusada pelos europeus. A reunião em Bruxelas continua e hoje devem ser definidas quais serão as propriedades escolhidas e como estas serão auditadas pelos técnicos europeus.
Equipe BeefPoint
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Caros amigos da cadeia da carne, como não dar a devida atenção a um mercado desses?
Além de comprarem uma quantidade boa e pagando melhor, a tendência é aumentar, ainda formam opinião para o resto do mundo.
Sejamos inteligentes e participemos realmente da globalização. Vamos deixar de ser “colônia”.
Nossos vizinhos estão agindo. Não possuem nossas quantidades, mas estão fazendo qualidade. Abramos nossos horizontes de pesnamentos.
Os importadores de carne europeus encheram o estoque de carne em janeiro/08 e depois “restringem” a entrada de carne em fevereiro, muito espertos.
Será que além do embargo devido a rastrebilidade eles estariam negociando preços?
Nossos vizinhos possuem uma carne tão superior em qualidade quanto são nos preços?
O que a carne brasileira tinha de bom em janeiro, que não tem mais em fevereiro?
Gostaria de estar na posição dos compradores europeus, compraram bastante, fecharam as compras, já estão vendendo pelo triplo do preço, e vendendo a mesma carne que hoje está proibida de entrar lá, e daqui a quinze dias chegam novamente no Brasil com a “burra” cheia, dizem que vão dar mais uma chance para o Brasil, compram tudo de novo, e fecham novamente as compras, porque mais uma vez nós não conseguimos cumprir com as exigências, que são criadas para não serem cumpridas.
Estamos em desvantagem nesta guerra, não é por falta de soldado, é por falta de comando.
Com este quadro vemos que as exigências dos frigorificos de bois rastreados era acima do nessessário, ou seja, perdemos mercado da UE e ainda continua faltando carne para suprir a demanda, se continuar esta “sacagem” com o produtor, daqui uns 5 anos vai ter frigorifico fechando por falta de boi, e ai vai ser tarde para eles.