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Janete Zerwes aponta a necessidade de sustentabilidade

A produção de pecuária a pasto e as vantagens ambientais decorrentes dessa atividade são inúmeras, seria necessário um espaço bem maior do que esse para listar essas vantagens. A solução para o impasse Ecologia X Economia, está na Ciência, na difusão do conhecimento, fundamentalmente na quebra de paradigmas arcaícos sobre a adoção de novos sistemas de produção de carne.

A leitora do BeefPoint Janete Zerwes, da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso, enviou um comentário ao artigo “O desafio de unir produção e conservação na pecuária de corte“. Abaixo leia a carta na íntegra.

“Gostei imensamente da reflexão. Mais ainda em saber que foi estimulada por dados apresentados no fórum sustentabilidade em pecuária a pasto.

A produção de pecuária a pasto e as vantagens ambientais decorrentes dessa atividade são inúmeras, seria necessário um espaço bem maior do que esse para listar essas vantagens.

Falar em Produção e Conservação nos remete ao Zoneamento Sócio Economico Ambiental, extenso estudo sobre o uso dos recursos naturais no Brasil, das fragilidades de cada bioma diante da intervenção humana/agrícola e das condições sócio economicas regionais que nos colocam diante de novos desafios para a antropização.

Um desses desafios seria encontrar soluções que atendam a um conceito de sustentabilidade que inclua o homem, seus direitos e necessidades, sem esquecer a globalização e todos os fenomenos que decorrem da interrelação de mercados e incremento de demandas por matérias primas agrícolas, quando se sabe que as terras viáveis para agricultura no mundo, tem suas dimensões relativamente definidas há muito tempo.

A solução para o impasse Ecologia X Economia, está na Ciência, na difusão do conhecimento, fundamentalmente na quebra de paradigmas arcaícos sobre a adoção de novos sistemas de produção de carne.

Para começar, seriam necessários investimentos comparativamente pequenos diante dos ganhos decorrentes das mudanças de manejo de pastos e do gado. Temos dados importantes que corroboram os resultados econômicos dessas mudanças e da relativa facilidade didática para implantação de novos manejos.

Ao mudar paradigmas arcaícos o primeiro a ser considerado é o velho conceito de aumento de rebanho apoiado no desfrute percentual do mesmo. O que se sobrepõe a esse sistema é a adoção do critério de produção de carne cabeça/ano. É fácil entender isso quando se pensa em custos cabeça/ano e capacidade de suporte das pastagens em UA/ano.

Tudo que precisamos é do apoio e da participação de maiores recursos do Estado para difusão massiva de novos conceitos e tecnologias sustentáveis para produção de carne.”

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