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Japão: até 20% da produção de carne está em risco

O tsunami ocorrido e o medo relacionado ao reator nuclear colocaram até 20% da produção de carne japonesa em risco, disse o Goldman Sachs, um dos maiores bancos de investimento do mundo.

O tsunami ocorrido e o medo relacionado ao reator nuclear colocaram até 20% da produção de carne japonesa em risco, disse o Goldman Sachs, um dos maiores bancos de investimento do mundo.

A comparação do mapa da produção pecuária do Japão com o mapa dos danos causados pelo tsunami e a área de maior risco de contaminação por radiação pela usina nuclear de Fukushima, mostra que algumas áreas importantes de produção estão ameaçadas. Iwate, por exemplo, um dos locais prejudicados pela inundação, é o terceiro município de maior produção leiteira do Japão e o maior centro de produção de carne bovina e suína.

O Japão é um importante produtor de carne suína (8º lugar), entretanto, qualquer queda na produção pode aumentar a demanda japonesa por importações de carnes.

No ano passado, Japão e a Coreia do Sul se posicionaram entre os principais importadores de carne bovina e suína dos Estados Unidos e, devido às circunstâncias, vem sendo previsto um crescimento e uma maior demanda de importações em 2011.

Ao mesmo tempo, as ofertas de carnes dos Estados Unidos serão limitadas pelos altos preços da dieta animal, que prejudicarão as margens, e que “provavelmente levarão os produtores a limitar a expansão dos rebanhos bovinos e suínos”. O Goldman previu que os preços do gado vivo – aqueles prontos para abate – ficarão em 120 centavos por libra (cerca de 265 centavos por quilo) em Chicago. Os preços do gado vivo em abril atingiram 118,65 centavos por libra (261,58 centavos por quilo) na última sexta-feira (25), um recorde para contratos de curto prazo, em parte devido às expectativas de aumento da demanda japonesa.

Separadamente, o National Australia Bank (NAB) previu um bom cenário para os preços dos gados na Austrália, outro grande exportador para o Japão, visto que os processadores estão competindo por ofertas limitadas de gado, com os produtores reabastecendo após as chuvas terem recuperado as pastagens. “A queda nos números dos rebanhos e a maior demanda de exportação deverão suportar os preços do gado durante o ano”, disse o analista do NAB, Michael Creed. “Com altos preços na oferta e boas condições de pastagem para muitas regiões, a indústria pecuária da Austrália entrou no ano em uma posição muito sólida”. O banco previu que o indicador de preços de gados jovens orientais ficará em média 5% maior nesse ano que em 2010.

A reportagem é do Agrimoney, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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