As vendas nos segmentos de foodservice no Japão flutuaram durante o ano passado, de acordo com analistas do Meat and Livestock Austrália (MLA). A Austrália é o principal fornecedor de carne bovina do Japão desde que os Estados Unidos tiveram um caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), ou doença da ‘vaca louca’, em dezembro de 2003. O Japão proibiu as importações de carne bovina dos EUA após a confirmação da doença.
As redes de fast food, os restaurantes familiares, as lanchonetes e outros estabelecimentos deste tipo do Japão, todos viram uma queda nas vendas de carne bovina – resultado tanto das limitações na oferta devido à barreira à carne norte-americana como da queda nos gastos com refeições fora de casa entre a população mais velha do país.
O MLA disse, em contraste, que a rede de restaurantes Yakiniku começou o ano com fortes vendas – 10% a mais do que em janeiro e 14,6% a mais do que em fevereiro. O aumento nas vendas pode ser evidenciado pelo severo aumento nos preços da língua bovina australiana nos últimos meses.
A barreira à carne bovina dos EUA teve seu maior efeito no segmento de gyudon (ou beef bowl – “tigela de carne” -, que consiste em um prato de arroz com fatias de carne por cima), com 10% de queda nos consumidores novamente durante fevereiro, resultando em um decréscimo geral de 5,2% nas vendas. Entretanto, houve um aumento com relação ao ano passado, quando as vendas caíram cerca de 27,7% em outubro, trazendo importantes perdas às companhias, como a Yoshinoya, que baseia suas vendas no beef bowl.
O mercado de hambúrgueres manteve seu crescimento, apesar da barreira à carne bovina, com fontes alternativas de fornecimento, incluindo a Austrália, suprindo as especificações para o mercado processador. As vendas de hambúrgueres aumentaram 8,7% em janeiro, mas caíram 1,1% em fevereiro.
Fonte: MeatNews.com, adaptado por Equipe BeefPoint