Japão diminui previsões de importação depois de aumento de tarifa

O McDonald’s do Japão, maior cliente de carne bovina australiana do país, informou que existem expectativas de perdas novamente neste ano, de acordo com a entidade australiana Meat and Livestock Australia (MLA).

O McDonald’s japonês tinha originalmente projetado lucros de 2,1 bilhões de ienes (US$ 19,22 milhões, na cotação de 20 de novembro) para 2003, mas as últimas previsões mostraram a possibilidade de perdas de mais de 1 bilhão de ienes (US$ 9,15 milhões).

O MLA informou também que o Yoshinoya, maior rede de fast food estilo japonês, com mais de 800 estabelecimentos cuja especialidade são cortes de peito de carne bovina fatiados sobre uma base de arroz, também revisou suas previsões de lucros, agora em torno de 15,4 bilhões de ienes (US$ 140,96 milhões) para o ano fiscal, ou seja, um valor menor que a projeção feita no início do ano, de 17,4 bilhões de ienes (US$ 159,26 milhões). O Yoshinoya usa primariamente carne bovina importada.

As empresas especialistas em carne bovina do Japão foram afetadas tanto pelos efeitos da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como doença da “vaca louca”, como pelo aumento das tarifas de importação, de 38,5% para 50% em primeiro de agosto desse ano.

O MLA disse que, apesar de o aumento de tarifas aplicar-se, atualmente, somente à carne bovina resfriada, o aumento da demanda por carne bovina congelada, à medida que as companhias japonesas tentam minimizar o impacto dessa medida de salvaguarda, combinado com a redução da produção doméstica e a oferta reduzida nos Estados Unidos e na Austrália, tem levado à elevação dos preços do produto congelado. Entretanto, o MLA informou que os preços de exportação ao Japão amenizaram novamente durante a última semana, apesar de permanecerem altos para os padrões históricos.

A demanda também desacelerou à medida que os importadores relutam a pagar os altos preços do produto, preferindo utilizar os estoques domésticos. No entanto, os preços deverão permanecer fortes nas próximas semanas, com a aproximação da estação de alta demanda e os contínuos baixos níveis dos estoques.

Fonte: MeatNews.com, adaptado por Equipe BeefPoint