A prefeitura de Kanagawa, no Japão, juntamente com criadores de gado, promoveu uma festa onde foram servidas carnes bovinas grelhadas, também conhecidas como yakiniku, com o objetivo de recuperar a confiança na carne bovina.
O consumo de carne bovina diminuiu drasticamente no Japão após os casos de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), também conhecida como doença da “vaca louca”.
Havia carne suficiente para que cerca de 2000 pessoas experimentassem o produto. Também foram exibidos vídeos e painéis para demonstrar a segurança no consumo de carne bovina.
O evento foi feito juntamente com a celebração de uma tradicional festividade japonesa.
A divisão pecuária do governo da região mencionou que 7.195 animais foram abatidos em Kanagawa entre setembro e dezembro de 2001, com uma queda de 37,4% se comparado com o mesmo período de 1999. O primeiro caso de EEB foi reportado em setembro.
As vendas de carne bovina em todo o país continuam caindo devido à desconfiança dos consumidores no tratamento dado ao caso pelas autoridades japonesas, mesmo com o programa de verificação do rebanho lançado em outubro e a declaração ministerial que as carnes bovinas japonesas são seguras.
A EEB foi descoberta pela primeira vez na Inglaterra e acredita-se que sua transmissão aos animais ocorre através do consumo de alimentos com carne e ossos de outros animais.
Liberação de uso de ossos em rações animais
O Japão tomou a primeira medida para relaxar as restrições estabelecidas em outubro, após o descobrimento da EEB no rebanho japonês.
O ministro da Agricultura, Silvicultura e Pesca japonês irá permitir o uso de ossos como alimento de animais, sob certas circunstâncias. Em 4 de outubro a distribuição e uso de ossos e carnes na alimentação animal foram proibidos, desde que este tipo de alimento foi relacionado como possível fonte de contaminação para a EEB.
Agora, o ministro permitiu o uso de ossos na alimentação animal, desde que estes não sejam oriundos de ossos de animais infectados com a doença, ou de coluna cervical e órgãos mais suscetíveis à doença. Os ossos também precisam ser esterilizados de acordo com os procedimentos indicado pela Organização Internacional de Epizootias (OIE).
Além disso, os fazendeiros que utilizarem o produto deverão poder ser identificados, de acordo com o comunicado ministerial.
Fonte: The Japan Times e Agweb (por Darcy Maulsby), adaptado por Equipe BeefPoint