Japoneses planejam aumentar vendas de carne wagyu na UE

Após a remoção por parte da União Europeia (UE) dos embargos às importações de carne bovina japonesa, o país asiático está buscando aumentar as vendas de carnes especiais à Europa, bem como obter a aprovação da UE para mais plantas japonesas.

O conselheiro da Associação da Indústria Pecuária do Japão, Toshiaki Masuda, disse que três plantas foram atualmente certificadas para produzir carne japonesa Wagyu para a Europa, mas mais plantas estão esperando aprovação.

Masuda explicou que a Associação Pecuária gostaria de dobrar o número de plantas que produzem carne bovina Wagyu aprovada para exportar à UE. Atualmente, Itoham Foods Inc, JA Zen-Noh e Starzen International Co, todas em Tóquio, receberam a aprovação pela UE. A S Foods Inc, em Hyogo, NH Foods, em Tóquio, e a Meat-Companion Co, também em Tóquio, estão passando pelo processo de obtenção da aprovação.

A equipe do stand da Wagyu Japanese Beef na feita SIAL Paris estava explicando as diferenças entre a verdadeira carne wagyu e o restante. Os animais, que precisam ser puramente das raças Japanese Black, Japanese Brown, Japanese Shorthorn ou Japanese Polled, precisam também ter nascido e sido criados no Japão. Além disso, a linhagem de três gerações precisa ser certificada, enquanto os métodos de produção de Wagyu japonesa precisam ser usados.

Masuda explicou que o cruzamento  com raças na Austrália e outros países tem sido feito há muito tempo para que o Japão consiga proteger o nome “wagyu” e mantê-lo exclusivo. Entretanto, ele disse que pesquisas estavam sendo feitas para proteger seu status na Europa.

A carne Wagyu japonesa está visando principalmente vender ao setor de foodservice de alta qualidade, bem como lojas de departamento premium e açougues de luxo.

Masuda explicou porque acredita que a Wagyu é tão especial: “A carne tem uma textura muito fina, marmoreio disseminado de forma uniforme e a gordura derrete na temperatura corporal; realmente parece que ela derrete na boca. O aroma é muito diferente e é rica em ácidos graxos insaturados que são muito saudáveis”.

Fonte: globalmeatnews.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.