Conhecida por sua agressiva expansão no segmento de carnes nos últimos anos, a brasileira JBS, maior empresa de proteínas animais do mundo, também já aparece como uma das principais produtoras de biodiesel do país - a maior quando se trata do biocombustível feito à base de sebo.
Conhecida por sua agressiva expansão no segmento de carnes nos últimos anos, a brasileira JBS, maior empresa de proteínas animais do mundo, também já aparece como uma das principais produtoras de biodiesel do país – a maior quando se trata do biocombustível feito à base de sebo.
No front externo, a JBS comemorou em maio a primeira exportação do biocombustível que produz no interior paulista. Conforme Alexandre Pereira, diretor de biodiesel da companhia, o negócio envolveu 6,7 milhões de litros (6 mil toneladas) vendidos para a holandesa Argos, que foi a responsável direta pelo embarque, realizado no porto de Paranaguá (PR).
Com forte atuação no norte da Europa, a Argos é uma distribuidora que importa biocombustíveis (etanol e biodiesel), mistura-os aos combustíveis fósseis segundo os percentuais autorizados nos diferentes mercados e vende os produtos finais, inclusive a outras empresas do seu segmento.
“Estávamos observando o mercado externo há tempos, mas os preços praticados não estavam atraentes. Foi quando apareceu essa oportunidade de negócio com a Argos”, disse Pereira. Segundo ele, a JBS vendeu seu biodiesel para exportação com um ágio entre 5% e 7% sobre o valor de mercado do último leilão do biocombustível realizado no país (R$ 1,88 o litro, incluindo PIS e Cofins).
“Depois de novembro, esse percentual poderá chegar a 85%”, disse ele. O sebo é a segunda matéria-prima mais usada para a produção de biodiesel no Brasil, depois da soja. Responde, em média, por 20% da oferta do biocombustível, mas em alguns períodos do ano, por conta da sazonalidade do grão, chega a representar 30%.
Se tudo correr como espera a JBS, no futuro próximo é de se estimar alguma ampliação na capacidade de produção de biodiesel da empresa. Não há nada concreto nesse sentido, mas Pereira realçou que uma eventual expansão da planta de Lins será “simples e rápida”.
Fonte: Jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.