Sem conseguir concretizar a compra da National Beef, a JBS S.A. Agora está focada na integração e na incorporação de suas aquisições mais recentes nos EUA, a Smithfield Beef e o confinamento Five Rivers, além do Tasman Group, na Austrália. "Estamos incorporando [as empresas] e buscando melhores rendimentos, adequando os custos", afirma José Batista Júnior. Apesar da incerteza na economia mundial, Batista Júnior mostra otimismo com a operação nos Estados Unidos.
Sem conseguir concretizar a compra da National Beef, a JBS S.A. Agora está focada na integração e na incorporação de suas aquisições mais recentes nos EUA, a Smithfield Beef e o confinamento Five Rivers, além do Tasman Group, na Austrália. “Estamos incorporando [as empresas] e buscando melhores rendimentos, adequando os custos”, afirma José Batista Júnior, o irmão mais velho dos Batista, que atua hoje na operação americana e falou ao Valor por telefone.
O presidente da JBS Joesley Batista, disse que os EUA “não quiseram ter uma terceira grande empresa para ter competição com Cargill e Tyson”. E, assim, tornaram a vida dessas empresas mais fácil, afirmou.
Apesar da incerteza na economia mundial, Batista Júnior mostra otimismo com a operação nos Estados Unidos. Uma das razões para isso é que a indústria de alimentos americana tem sido pouco afetada pela crise financeira internacional. As vendas da JBS no país, segundo ele, “têm se mantido justas” e não foi necessário reduzir volumes de produção de forma expressiva.
De acordo com o empresário, a a capacidade de abate de bovinos nos EUA é de 28 mil cabeças de bovinos diariamente, e a empresa tem mantido o abate entre 25 mil e 27 mil animais.
Ele admite que “o ano deve ser um pouco difícil nos EUA”, onde a turbulência financeira já tirou milhões de empregos, mas aposta na ideia de que ninguém deixa de comer mesmo durante as crises.
Comentando sobre as exportações, José Batista Júnior ressalta, “diminuiu um pouco porque eles estão estocados, mas de maio em diante voltam a comprar”. Sazonalmente, a Ásia reduz suas compras nesta época do ano, já que é uma região de maior consumo de carne bovina no verão.
A operação americana de bovinos, que inclui a filial na Austrália, é que a gera mais receita para a JBS atualmente – 47% do total de R$ 30,3 bilhões de faturamento líquido de 2008. No último trimestre de 2008, a margem EBTDA nos EUA caiu em relação ao período imediatamente anterior, de 5,6%, para 2,2%. Mas subiu sobre igual período de 2007, quando estava negativa em 3,7%.
O que afetou o resultado do terceiro para o quarto trimestre é que normalmente o último período do ano tem menor oferta de gado para abate devido ao frio. Esse quadro dificulta a diluição de custos fixos, segundo a companhia.
Para José Batista Júnior, o Brasil deve ser o menos afetado pela crise internacional por causa de seu grande mercado interno. A lógica da JBS parece ser a de crescer de novo no Brasil, já que o Departamento de Justiça dos EUA não a deixou avançar mais naquele país, onde chegou em 2007, com a compra da Swift Foods Company e engordou um pouco mais em 2008 após a aquisição da Smithfield Beef e da Five Rivers.
A matéria é de Alda do Amaral Rocha, publicada no Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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A linha de pensamento de que ninguem deixa de comer mesmo com a crise é realmente uma verdade, porem reduz consideravelmente o consumo. Outro fato importante e que me preocupa e que como o JBS e uma empresa extraordinaria, acaba monopolisando a cadeia de frigorificos.