Muito se fala sobre a JBS S.A., mas, após seu pedido para oferta inicial de ações que pode atingir um valor de até US$ 2 bilhões, os críticos norte-americanos não podem dizer que a companhia não está cumprindo com sua palavra.
Muito se fala sobre a JBS S.A., mas, após seu pedido para oferta inicial de ações que pode atingir um valor de até US$ 2 bilhões, os críticos norte-americanos não podem dizer que a companhia não está cumprindo com sua palavra.
Executivos da JBS em maio disseram aos investidores que a companhia, que tem sofrido os efeitos da recessão econômica global, estava se preparando para não somente se tornar a produtora número um do mundo, mas também, ser distribuidor número um de carne bovina.
“Estamos confiantes de que no final do próximo ano não seremos somente a maior produtora, mas também, a maior plataforma de distribuição de produtos resfriados e congelados em todo o mundo”, disse o presidente da JBS S.A., Joesley Batista, na BMO Capital Markets Agriculture, Protein and Fertilizer Conference em maio.
Essas palavras foram afirmadas na quinta-feira durante o prospecto de oferta inicial de ações da JBS USA, que descreveu o plano para expandir suas plataformas de distribuição global e de cortes de carne embalados e customizados (case-ready). A JBS USA deu o pontapé inicial no ano passado quando lançou sua própria divisão de transporte, a JBS Carriers.
A iniciativa case-ready também não deve ter surgido como surpresa. Desde que comprou a Swift Foods Co. em julho de 2007, a JBS disse que queria se aprofundar na categoria de produtos case-ready. Porém, esses esforços foram cessados no começo desse ano quando o Departamento de Justiça rejeitou a oferta da companhia para adquirir a National Beef Packing Co., um pacote que teria vindo com duas grandes plantas de produtos case-ready.
A JBS também disse que continuaria explorando “as oportunidades de crescimento na adição de valor” uma vez que esses beneficiam a empresa. De fato, o prospecto de oferta de US$ 2 bilhões especificamente diz que serão buscadas expansões na distribuição e produtos de valor agregado através de “aquisições e/ou investimentos em novas instalações”.
Analistas que falaram com o MeatingPlace em condição de anonimato disseram que os lucros são escassos nos setores de carne bovina e suína dos EUA. Um rally (alta nas cotações seguida de um súbito declínio) nos preços das ações da Smithfield, disse um analista, indica antecipação de uma aquisição, mas isso seria improvável porque o forte banco que apoia a Smithfield impediria uma venda tão barata.
A JBS S.A. tem ganho notoriedade global comprando companhias com problemas e as recuperando.