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JBS diz que avaliará parcerias no Brasil

O empresário José Batista Júnior disse ontem que o Grupo JBS analisará qualquer possibilidade que se apresente de eventual parceria com algum dos frigoríficos em dificuldade financeira no Brasil. Ele ainda ressaltou que a empresa se preparou para a atual crise financeira mundial e que vai crescer no mercado interno brasileiro, ocupando os espaços deixados pelos frigoríficos que estão paralisando as atividades.

O empresário José Batista Júnior disse ontem que o Grupo JBS analisará qualquer possibilidade que se apresente de eventual parceria com algum dos frigoríficos em dificuldade financeira no Brasil. Falando por telefone de Denver, no Colorado (EUA), o executivo da holding controladora do Friboi disse que a empresa se preparou para a atual crise financeira mundial e que vai crescer no mercado interno brasileiro, ocupando os espaços deixados pelos frigoríficos que estão quebrando.

Segundo José Batista Júnior, a empresa aproveitou o incentivo do governo federal e se antecipou à crise, ampliando e modernizando suas unidades industriais no País. “Hoje estamos analisando a possibilidade de contratarmos até 5 mil novos funcionários, para que possamos operar com 100% da nossa capacidade de abate no Brasil, que é de 20 mil animais/dia nas 20 unidades em operação no País”, diz o empresário. Segundo ele, a empresa trabalha hoje com 40% de ociosidade.

Sobre a possibilidade de se associar a frigoríficos em recuperação no Brasil, o executivo do JBS diz que não vê dificuldade, desde que o interessado se enquadre na estratégia geral da empresa.

José Batista Júnior se declara otimista em relação ao agronegócio da carne, “até porque em qualquer circunstância o povo continuará comendo, demandando proteína animal”. Sua opinião, entretanto, é de que a crise na indústria brasileira da carne está apenas começando. “Muitas empresas ainda vão passar por grandes dificuldades, antes que a crise seja realmente superada”, diz José Batista Júnior.

Segundo o empresário, a estratégia do JBS, porém, é a de prospecção de oportunidades para crescer na crise. “Aliás, nunca tivemos medo de crise, pois é nesse momento que surge grandes oportunidades de crescimento. A crise sempre seleciona os melhores, faz uma depuração do mercado”, diz, confiante, o empresário José Batista Júnior.

O executivo do JBS diz que as boas condições da empresa para enfrentar a crise se deve basicamente à capacidade de antevisão demonstrada por seus gestores. “Já no início de 2008 previmos a aproximação da crise. Procuramos nos adequar, inclusive fazendo caixa para suportar os dias difíceis que se aproximavam”, diz o empresário.

Segundo José Batista Júnior, os frigoríficos hoje em dificuldade no Brasil andaram em sentido contrário. “Quando estávamos investindo eles estavam absolutamente parados. Quando sentimos que a crise se avizinhava e suspendemos novos investimentos, eles começaram os seus investimentos”, assegura o dirigente do grupo JBS.

José Batista Júnior não concorda com o mote do setor de que o governo não está apoiando, como o fez com bancos e montadoras de automóveis.

“Acho que, muito pelo contrário, o governo fez sua parte e muitas empresas não fizeram a sua. Foram além do limite recomendável. Basta lembrar que através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o governo colocou dinheiro em todos os grandes frigoríficos brasileiros, inclusive o nosso. Se algumas estão quebrando certamente não foi por omissão do governo”, diz José Batista Júnior.

As informações são do jornal O Popular, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. joao jacintho disse:

    Está poderoso o homem, cuidado, tu podes virar carne moida

    Abraços a todos, cade a humildade dele.

  2. joao miliano giolim disse:

    JBS diz que avaliará parcerias no Brasil. Bonita frase, bela reportagem. Não fosse o caminho trágico que nos avizinha com este infeliz comentário para assustar toda uma classe.

    Gostaríamos que a JBS nos desse alguma explicação, de onde saiu e sai os recursos. A carne que eles trabalham e vendem, é diferente do resto. Tanta competencia gerou em dois anos todos estes recursos, ou a origem é o resultado da investigação do CADE quando gravaram a conversa desse senhor sobre o cartel? Vão até as origens e cheguem até a atualidade. Ética, vimos que este Grupo não tem nenhuma. Este tipo de grandeza nesta reportagem publicada pela BeefPoint, demonstra que por traz do grupo, não existe só competência operacional na atividade, e sim “muita gente grossa” investindo pesado o nosso suado dinheiro.

    Meus colegas ruralistas de Mato Grosso do Sul, havemos que rezar para que o “Independência” inicie logo suas atividades, pois caso contrário, nós seremos esmagados por este trio de goianos, que passarão a dominar 95% do mercado de nosso Estado. Estamos caminhando para que um ´GRUPO X “, aliado ao JBS, passão a ter o monopolio da carne no país, assim como em algum tempo recente passado, fundaram a ” BF “, e tentaram monopolizar o ” Corned Beef “. Lembram disso? Nossa memória é muito fraca. Voltaram com todo fôrça e tentarão agora um passo maior Monopolizar a indústria da carne. Eu como médio produtor, me resta apenas entregar nas mãos de Deus, para que meus filhos não virem uns ” SEM TERRA ” amanhã. Com a palavra todos os leitores do Beefpoint. E também do Deputado Federal Ronaldo Caiado, que se fosse dono de toda a honestidade que prega, mandaria sua acessoria analisar os passos de seus conterrâneos. Desculpem os erros, pois sou produtor rural, não politico.

  3. Mario Borges disse:

    O grupo JBS , antigo Friboi, tornou-se em pouco tempo o maior do mundo, esperamos que continue sua trajetória de êxitos. Grande indústrias do mesmo ramos estão em dificuldades aqui no Brasil, o que será que o grupo JBS tem e os outros não conseguiram.

  4. PAULO CÉSAR FERREIRA disse:

    Há um dito popular que diz: “por fora bela viola, por dentro pão bolorento”. Adequadissimo ao JBS.

  5. Fabricio Xavier Baier disse:

    Vejo que o JBS esta confiante pelo seu poder economico e estabilidade, a qual poucos ou nem um frigorifico aqui no Brasil tem, no entanto, otimismo demais pode ser perigoso.

  6. sergio de souza ferreira disse:

    É importante que as industrias reconheçam tal qual faz o sr. Junior que os pecuaristas que são os atores principais pois são eles que produzem o melhor boi do mundo, digo isto sem a menor modéstia, não precisamos de nenhum experto no assunto para avaliar o que estou dizendo, basta pegar um bom apreciador de carne que ele caso consiga abrir a boca para falar e não para comer vai confirmar com certeza.

    Seria bom que não somente aos frigorificos, mas tambem aos pecuaristas fosse dada a oportunidade de linhas de creditos acessiveis (mais) para os mesmos manterem a saúde financeira das industrias, pois passamos de dois a tres anos engordando um boi com todos os custos sendo pagos praticamente a vista senão antecipado para daí sim, vermos a cor do dinheiro, por enquanto, ou seja até os ultimos acontecimentos.

    Quando digo linhas de créditos mais acessiveis, é porque a propaganda de milhões disponiveis para custeio e outras linhas de crédito ficam esbarradas na burocracia, ao ponto de muitos até desistirem de tal ajuda. Nós que estamos direto no campo preparando o que há de melhor em produção de carne, fazemos nossa parte, precisamos de pessoas inteligentes e capazes para brigar e vender o nosso produto lá fora, pois sempre que estamos em evidencia, o que acontece com frequencia, graças ao nosso bom Deus, alguem consegue atrapalhar nossos planos e ficamos impotentes perante os importadores, temos que mostrar que eles precisam de nós, quem tem o coringa na manga, somos nós, basta saber jogar.

    Conclamo aos pecuaristas de Rondonia a começarmos a agir com inteligencia, pois podemos produzir o que o mundo precisa de carne aqui no nosso estado sem derrubarmos nem um pé de arvore, o que é melhor vamos é plantar mais. Se intensificarmos 20% de nossa pastagem podemos dobrar o nosso rebanho, sem nenhuma agressão ao meio ambiente.

    Muitos não acreditam em parceria de frigorificos com pecuaristas, eu particularmente ainda acredito, impossivel conseguir algo sozinho.

  7. Orlando Sanches Garcia Filho disse:

    S.r Jose Batista Junior, enxergar o mercado é para poucos, fui diretor de umas destas empresas por 8 anos, e sei o que é um patrão que não houve seus diretores, andam na contra mão e não aceitam, que alguém lhes diga que está errado, nós diretores somos colaboradores diretos e responsáveis pelo exito da empresa, mas temos que sentar e sermos ouvidos, é preciso saber acelerar e brecar na hora certa, não.

  8. fernando andrade disse:

    Com tudo, precisamos de um alicerce, necessitamos da seriedade e umbridade daqueles do qual nós pecuaristas somos dependentes “os frigorificos”.

    Acredito na capacidade do grupo JBS em superar e até mesmo crescer nessa crise. O mercado de carne ou seja de proteina é promissor a demanda é inevitavel. A carne bovina não só no Brasil mas no mundo é algo sólido, necessario ao metabolismo humano. O Brasil com sua alta capacidade de produzir carne de qualidade com baixo custo sera sempre um grande concorrente mundial.

    Esperamos confiantes o fim dessa crise da qual todos nos estamos passando e que a mesma sirva para melhorarmos nosso sistema de produçao para estarmos aptos a novos mercados (exportaçao) nos tempos que virao.

  9. Roberto Bittar disse:

    Estas são as palavras do rei da carne, tudo o que ele disser, se voce não coseguir memorizar, anote, pois ele sabe como administrar e se relacionar como nenhum dono de frigorifico no mundo, com muita estrategia, com visão de mercado futuro e tambem conta com muitos amigos e parceiros que nunca o deixaram só.

    Junior, parabens.

  10. Darci Júnior disse:

    Com apoio incondicional do BNDS qualquer um pisoteia na desgraça alheia mesmo.

  11. Daniel Chramosta disse:

    Sou novo no ramo de frigorifico e já estou assustado com a benevolencia federal com os grandes grupos e me sinto um trouxa quando vejo o que estao fazendo com o setor no país e principalmente no nosso querido MS.

    Sou de uma família tradicional na carne sendo que meu bisavô, finado a muito, Antônio Teodorovich, o Polonês, desde antes da segunda guerra ja mexia no ramo de embutidos na Europa, trazendo seu ofício pro Brasil, em Campo Grande.

    Meu pai, conhecido pelo mesmo apelido do avô, assumiu o matadouro assim que o velho disse que iria parar, o antigo frig. Campo Grande no bairro Carandá, isso há 39 anos.

    Hoje estamos em Aquidauana e não conheço muitos frigoríficos que tenham o dono e familiares no comando da industria. A grande maioria que ouço falar são “dos” arrendados, inclusive os grandes grupos. E que garantia uma empresa dessa pode dar se a industria é arrendada?

    Que bom seria se os pecuaristas, que na sua maioria são empresas familiares, e os frigorificos pequenos e médios se acertessem em parceria onde ambos pudessem vender o produto em comum que é a carne?

    Talvez seja uma tendência já que os grandes grupos tem como parceiro o BNDS e não o produtor.

    Como o Senhor João Miliano disse em carta ninguem se lembra da gravação onde, o “ilustrissimo” José do JBNDS, foi flagrado assumindo cartel e ilegalidade no seu banco parceiro. Para quem quiser relembrar isso e deve ser relembrado sempre aqui vai o link da reportagem do site http://www.pecuaria.com.br exibida em 28/05/05.

    http://www.pecuaria.com.br/info.php?ver=325

    Um abraço a todos e que as empresas familiares desse nosso país se unam contra esses cartéis. É uma questão de conversa

    Obrigado

  12. Darci Júnior disse:

    Meu Deus, alem de tudo ele ainda está debochando da crise no setor. Onde isso vai parar meus amigos, essa nota é praticamente uma ofensa a nós dos pequenos e médios frigoríficos.

    Esta semana perdemos mais um cliente para o “J B N D S “, pois nosso preço de tabela era R$ 8,90 em um determinado produto, eles venderam para nosso cliente por R$ 6,80. Isso tem explicação, ou somente nós que estamos vendo este horror?

    Com o dinheiro do BNDS, é fácil debochar da crise.

    Proponho um desafio.

    Alguém tem informações das garantias dadas em troca desses financiamentos milionários que o ” J B N D S ” recebe todos os meses. Eles não tem como possuir as garantias reais desses valores, poucas plantas são deles de fato no Brasil e no mundo, a maioria são dívidas milionárias.

    Isso já está virando brincadeira com nossa cara. Todos nós aqui do canal estamos preocupados e vibrantes que o Independência consiga se restruturar e voltar a atividade e o “J B N D S” solta uma nota dessa. Isso é ridículo amigos.

    Vamos nos unir e levantar isso a fundo.

    Abraços.

    Gente temos que nos unir contra isso. Já chega. Sou de Goiania, e nao pensem que eles sao os “caras aqui nao viu, ainda por cima soltou uma nota na veja, “ele gosta de holofortes sobre ele”, dizendo que em 2010 o estado de goias será dele tambem.

    Será que o Hugo Chaves nao ta precisando de Secretário la nao gente, ele daria um otimo “piadista”.

  13. Marcelo Ribeiro disse:

    Sou brasileiro, goiano e com orgulho!

    Desde Julho/2007, aqui na Australia, pude conhecer, aprender e viver a cultura de um outro pais atraves do meu trabalho na JBS.

    Posso garantir que para mantermos e tornarmos a empresa tao grande assim, acordamos as 5 (ou antes) da manha e dormimos quando “acaba”. Damos verdadeiramente o sangue, mas o sentimento no fim do dia é de satisfação e prazer, como se nem tivessemos trabalhado. Tudo muito planejado, incrivel! É como se tivessemos um tipo de constituicao propria JBS.

    Um dia aqui na Australia, com o Sr. Junior, visitando uma industria e confinamento da empresa, viu um cavalo arreado e acabou fazendo a visita no confinamento no mesmo. Observou tudo, absolutamente tudo, a pessoa que o acompanhou foi um dos vaqueiros que todos os dias estao ali.

    Outro dia, aqui tambem, mas ja com seu Ze Mineiro (para quem nao sabe a empresa se chama JBS, que sao as iniciais do seu Jose Batista Sobrinho – JBS), comecamos a andar pela desossa e ele viu que a Aranha (Pope – pequeno corte do traseiro), nao estava sendo bem retirada, dai acabamos tirando as duvidas dele diretamente com o encarregado da linha de desossa.

    Mas o mais interessante, um outro dia cheguei para uma visita no escritorio do Sr. Junior, nos Estados Unidos, e apos termos almoçado e conversado com todo mundo na cantina, fiquei surpreendido: “Sr Junior falando ingles”. No fim da tarde retornei de uma visita e fui surpreendido novamente: “Sr Junior esta na aula de ingles”. Nao me contive e acabei indo. Incrivel!

    Dai, se passaram quase 2 anos apos a aquisicao da Swift, e a empresa gera lucros, cresce e gera muito, mas muito emprego mesmo.

    Conclusao: Acordar cedo, muito trabalho, nao esquecer de onde viemos, e o mais importante, fazermos a nossa parte com simplicidade, mas muita simplicidade mesmo.

    Aos Batista, principalmente Sr Junior, Parabens mesmo e muita forca!

  14. Antonio Juvenal Marques disse:

    Concordo com o sr. Daniel, pois estamos cercados de cartéis da carne, que não deixa o produtor rural lucrar.

    A JBS, se vangloria de sua atual situação, mas esquece que quem tem a matéria prima para eles lucrarem são os pecuaristas, que agora com essa quebradeira do Independencia, ficara temeroso em vender seus animais a longo prazo.

  15. Darci Júnior disse:

    Meu amigo, claro que você só poderia escrever a favor de seus patrões. O fato de levantar antes das 5, e deitar na hora que acaba, nao justifica nao amigo, quantos pecuaristas levantam as 3 da manha para acompanhar a ordenha, etc. Nos pequenos frigorificos 5 da manha já estamos com a sala de abate cheia de funcionarios e gado, nossos caminhões ja estao na rua fazendo as entregas em açougues, supermercados, etc. Nós sim pensamos no mercado interno com carinho, conheçemos nosso fornecedor vital “pecuarista”, lidamos com eles olho a olho.

    Tenho 31 anos na carne, conheço os “batista”muito bem, nossa grande injúria é esse famoso grupo fazer de conta que nao esta em crise, mas realmente com tanto investimento na politica em eleiçoes passadas e anteriores, porque será? Investir em prefeitos, vereadores, deputados? Presidentes?

    Tenha paçiencia amigo, o mundo aqui fora é outro, ou você axa que o sr batista “pai” ta fazendo esforço fora do normal em entrar na dessossa dele? Foi matando vaca no mato e entregando la em brasilia na epoca de sua construção que ele conseguiu now haw para estar onde eles estao hoje “e claro o bnds ,amigo de cada dia “

    Continuo em protesto, isso ja é um cartel. Vamos fazer alguma coiza senao daqui uns dias tem executivo da “j b n d s” tentando comprar nossa pequena planta por alguns milhoes.

    Fraternal abraço a todos.

  16. João Avelino Filho disse:

    Essa estratégia de “prospectar oportunidades” na crise alheia é – e sempre foi -, sim, uma das grandes armas do Friboi.

    Na minha impressão, as primeiras grandes “aquisições” foram as duas unidades da SADIA OESTE S/A – em Várzea Grande e Barra do Garças / MT e de tantas outras plantas importantes, como a do FRIGOARA S/A, de Araputanga / MT.

    Uma coisa é certa: ninguém fala tão bem do Governo Federal impunemente, sobretudo quando todo o setor reclama da omissão. O CADE não funciona quando o assunto é carne bovina. A concentração, que já era atípica, tende a piorar – e muito – e a JBS vai ditar os preços para o mercado interno.

    Acho que esse moço, o Sr Júnior – assim como o competente Sr Furlan, da Sadia – deveria ser convidado por Lula para um Ministério (e com o orçamento bem apertado!). Tanta competência seria colocada à prova sem o lastro do dinheiro fácil que emana das tetas fartas do Governo Federal.