Depois de se reestruturar internamente, a JBS agora quer cortar custos em escala global. A companhia brasileira pretende economizar até US$ 500 milhões nos próximos anos.
Depois de se reestruturar internamente, a JBS agora quer cortar custos em escala global. A companhia brasileira pretende economizar até US$ 500 milhões nos próximos anos, a partir de 2012, com uma maior sinergia entre suas unidades ao redor do mundo.
O valor já inclui os R$ 200 milhões (cerca de US$ 110 milhões) que a empresa espera poupar no Brasil após as mudanças operacionais realizadas neste ano. De acordo com o presidente da JBS, Wesley Batista, a empresa pode reduzir gastos substanciais nas áreas de logística e aquisição de insumos.
Neste ano, a empresa anunciou o fechamento de três fábricas – em Presidente Epitácio (SP), Teófilo Otoni (MG) e Maringá (PR) – e a suspensão da desossa em mais duas unidades – Água Boa e Alta Floresta, ambas em Mato Grosso, e Pimenta Bueno (RO). As mudanças resultaram no corte de 1,5 mil empregos.
Batista afirmou que a JBS deve fechar o ano de 2011 com faturamento global de R$ 60 bilhões, ante R$ 54,7 bilhões em 2010. “Um terço desse total virá de produtos de maior valor agregado. Hoje esses itens representam cerca de 15% na receita do Brasil e queremos passar para 50% nos próximos anos”, disse.
A JBS espera crescimento de 50% no faturamento de carne industrializada. Para 2011, a expectativa da empresa é alcançar expansão de cerca de 20% em vendas quando comparadas ao resultado apresentado no ano passado.
A JBS Couros deve encerrar 2011 com faturamento 20% superior sob 2010. Na divisão de novos negócios, que envolve atividades em reciclagem, trading, transportadora, biodiesel, envoltórios, colágeno, entre outros a expectativa da empresa é crescer 12% em faturamento em 2011 ante 2010.
Segundo Batista, o Brasil vai continuar crescendo, “impulsionado pelo corte nas taxas de juros e pelo aumento real dos salários”. O executivo também se disse “mais otimista que o próprio mercado em relação aos Estados Unidos”, tanto no mercado carne bovina quanto no de aves, – a Pilgrim´s, de aves, foi a principal responsável pelo prejuízo de R$ 67,5 milhões registrados no último trimestre.
Segundo ele, as oscilações de desempenho da economia americana têm pouco efeito sobre o consumo de carnes. Batista também espera uma redução nos custos de produção, com a recente queda nos preços do milho e da soja nos EUA.
O presidente da JBS também disse que os preços do boi gordo devem se manter relativamente estáveis no Brasil. “Possivelmente haja alguma pressão de baixa, devido a um maior abate de matrizes “.
Nos EUA, porém, os preços devem sofrer alguma pressão de alta distanciando-se um pouco do patamar brasileiro disse Batista, causados justamente por uma maior retenção de matrizes por parte dos criadores.
Fonte: jornal Valor Econômico, Agência Estado, adaptadas pela Equipe BeefPoint.