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JBS empenhou 80% do valor destinado a combater a covid-19

Menos de um mês após anunciar a doação de R$ 400 milhões no Brasil para ajudar no combate à covid-19, a JBS já empenhou R$ 320 milhões, 80% do total. Nesta semana, a companhia dá início à construção de um hospital modular em Ceilândia, no Distrito Federal, e à distribuição de 15,8 milhões de equipamentos de proteção individual (EPIs) para profissionais de saúde e de mais de 405 mil cestas básicas.

Em entrevista ao Valor, a executiva Joanita Karoleski, que coordena as doações da empresa no Brasil – a JBS também doou R$ 300 milhões nos Estados Unidos -, disse que, nas últimas três semanas, trabalhou para levantar as necessidades de diversas regiões do país, utilizando o conhecimento dos funcionários no interior e dos membros do comitê científico que montou para a assessorar. Uma rotina de reuniões com gestores municipais e estaduais também ajudou na priorização das
doações.

Em Ceilândia, a estrutura hospitalar permanente ficará pronta em até 45 dias, afirmou Joanita. O projeto foi elaborado pela Brasil ao Cubo, mesma empresa que idealizou a expansão modular do Hospital do M’Boi Mirim, na capital paulista. Um segundo hospital modular será construído pela JBS em Porto Velho (RO) – os detalhes desse segundo hospital estão na etapa final de definição. Serão investidos R$ 10 milhões no hospital de Ceilândia e R$ 10 milhões no de Rondônia.

No Distrito Federal, o hospital modular terá 73 leitos clínicos, afirmou Fernando Torelly, superintendente corporativo do HCor e líder do comitê consultivo que assessora a JBS nas doações. Com isso, o número de leitos do hospital de Ceilândia será ampliado em 26,5%. Hoje, a instituição conta com 275 leitos, sendo 62 cirúrgicos, 46 obstetrícios, 10 de UTI e 8 de neonatal.

“Boa parte será fundamental para a covid-19 e ficará como legado para a melhora do sistema de saúde público. A JBS sempre teve a preocupação de não doar algo que possa ser desativado”, disse Torelly.

Na lista de doações da JBS, também estão incluídos equipamentos médicos, que serão destinados para diversas regiões. A companhia encomendou 265 respiradores de um fabricante nacional, que serão entregues de forma gradual, a partir da semana que vem. Acre e Pará, que apresentam situação mais crítica, serão os primeiros a receber os respiradores. A JBS definiu um cronograma semanal para a entrega dos equipamentos, que também incluem itens como 1,1 mil camas clínicas e de UTIs e 885 monitores de sinais de vida.

Para acelerar a entrega de equipamentos hospitalares que foram adquiridos na China pela prefeitura do Rio de Janeiro, a JBS fretou um avião. Para Nova Iguaçu, região metropolitana do Rio, a empresa doou leitos de UTIs – parte foi entregue ontem, conforme Joanita.

Na capital paulista, a JBS vai financiar o serviço de fisioterapia no Hospital das Clínicas. “Profissionais que atuem na linha de frente na parte de recuperação respiratória é uma necessidade grande”, disse a executiva. Em Salvador, na Bahia, a empresa ajudou a custear a construção da segunda tenda de um hospital de campanha.

Ao todo, o pacote de doações da JBS deve beneficiar 63 milhões de pessoas no Brasil – 197 municípios de 18 Estados e do Distrito Federal serão contemplados. Além da saúde pública, o projeto inclui recursos para pesquisas científicas e ações de assistência social, por meio de ONGs.

Fonte: Valor Econômico.

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