Com as duas operações, a JBS torna-se a terceira maior empresa brasileira não financeira de capital aberto em receita líquida, conforme cálculos do Valor Data baseados em números de 2008. O resultado é uma receita líquida de R$ 51,6 bilhões, atrás apenas de Petrobras, com R$ 215,1 bilhões, e da Vale, com R$ 70,5 bilhões. A empresa ficará muito à frente da BRF - Brasil Foods e se tornará a maior empresa de proteínas do mundo, ultrapassando a americana Tyson Foods.
A JBS S.A anunciou ontem (16) a fusão com a Bertin S.A e a aquisição da Pilgrim´s Pride, uma das maiores empresas de frango dos Estados Unidos.
Com as duas operações, a JBS torna-se a terceira maior empresa brasileira não financeira de capital aberto em receita líquida, conforme cálculos do Valor Data baseados em números de 2008. O resultado é uma receita líquida de R$ 51,6 bilhões, atrás apenas de Petrobras, com R$ 215,1 bilhões, e da Vale, com R$ 70,5 bilhões. A empresa também ficará muito à frente da BRF – Brasil Foods, resultado da compra da Sadia pela Perdigão, cujo faturamento líquido alcança R$ 22 bilhões (dados de 2008).
Os negócios também fazem a JBS se tornar a maior empresa de proteínas do mundo, ultrapassando a americana Tyson Foods. A receita líquida da JBS, incluindo Bertin e Pilgrim´s, chega a US$ 28,725 bilhões, acima dos US$ 28,130 bilhões da Tyson, de acordo com cálculos da companhia brasileira baseados em resultados do ano passado.
Participação do BNDES
De acordo com a Agência Safras, Joesley Mendonça Batista, presidente da JBS, afirmou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ficará com 22% a 23% da empresa resultante da fusão com o Bertin. A instituição financeira tem participação nas duas companhias: 20% na JBS Friboi e 27% no Bertin.
Em nota, o BNDES diz que “tem dado grande apoio ao agronegócio brasileiro (…) A aquisição de participações acionárias por parte do BNDES tem o objetivo de estimular o aprimoramento da governança corporativa, bem como das práticas socioambientais destas companhias”.
AÇÕES do JBS (JBSS3)
As ações ordinárias do JBS (JBSS3) encerraram o pregão ontem (16) com a maior valorização do Ibovespa, de 8,8%, cotadas a R$ 8,65. Foi a maior alta do dia entre os papéis que formam a carteira do Índice Bovespa.
Normalmente, os papéis de uma empresa que anuncia aquisições reagem em queda no primeiro momento, em função de dúvidas do mercado e do peso inicial das compras. Segundo operadores, a alta teve origem mais em uma movimentação técnica do que em perspectivas positivas para a companhia.
A performance positiva também pode ter sido ajudada pela fase de alta da bolsa brasileira, que ontem superou os 60 mil pontos. Já a crença na tendência de queda do papel pode ter sido proporcionada pela intenção, anunciada pela JBS em agosto, de abrir o capital de sua subsidiária americana, a JBS USA, na Bolsa de Nova York (Nyse).
Segundo um analista, como a operação envolveu troca de ações e não dinheiro, o valor absoluto perdeu importância. Na nova holding, a JBS terá 58% e a Bertin, 42%. Assim o valor da JBS seria 38% superior ao atribuído ao Bertin.
Opinião de especialistas do setor
O tema fusões e aquisições de frigoríficos, que normalmente já é motivo de muita conversa, teve destaque ainda maior ontem em Goiânia, onde 1.320 pecuaristas se reuniam em evento da Assocon (Associação Nacional dos Confinadores).
De acordo coma Folha de SP, pecuaristas, dirigentes de associações e até governo têm a mesma avaliação. “É uma concentração muito perigosa.” “Essa nova concentração afetará muito os pecuaristas”, diz Ricardo Merola, presidente da Assocon.
Os dados do Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) confirmam a apreensão de Merola. Mato Grosso tem 39 frigoríficos com inspeção, mas apenas 29 estão em funcionamento. Desses, 11 são operados por JBS e Bertin.
Segundo Diário de Cuiabá, Mário Candia de Figueiredo, presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) disse que isso representa quase 50% da capacidade de abate de Mato Grosso, pois eles ficarão com as maiores plantas. Isso é muito preocupante, pois a concentração é grande. Como entidade representativa, vamos ficar atentos para não permitir que se aproveitem da concentração física e manipulem preços dos animais”.
Juan Lebron, diretor executivo da Assocon, disse que essa concentração traz preocupação, mas pode também dar mais liquidez ao setor.
Antenor Nogueira, presidente do Fórum Permanente da Pecuária de Corte, diz que o momento já é ruim e, quanto mais concentrado o mercado, mais o produtor perde poder na formação de preços.
A reportagem é de Alda do Amaral Rocha para o jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
0 Comments
O boi ,virou, o frango integrada da sadia e perdigao,nao adiantan nao vai ter lucros como antigamente,q na seca faltava o boi e o preco subia, hj sobra boi no periodo seco, o certo e diversificar, criar , recriar e engordar, ou vender o bezerro, q esta com a @, bem mais valorizada q a do boi na faixa de 100,00 reais, abracos.
Concordo com a ideia do sr. Joao Jacintho, a tendencia de desagio na @ do boi gordo foi a grande oferta de bois confinados que este grupo, antigo BF, possui durante a entressafa anual de pastagens.
A culpa da queda dos preços na entressafraé dos proprios pecuaristas que venderam boi a termo, alongando as escalas dos frigoríficos. Com isso eles trabalharam com folga e derrubaram os preços.
como diria meu avo quem pode mais chora MENOS
VIVA A CONCORRENCIA
Os pecuaristas espertos que fizeram parceiria com esses grandes grupos.vao ficar esperando arroba subir………sabe qdo isso vai acontecer nunca………….vai ser os criador de frangos do futuro..trabalha de graça pra eeses grupos
A criação dessa MEGAEMPRESA deve ser comemorada pelos acioniostas, mas coloca os pecuaristas em uma situação no minimo preocupante. Se no passado entre varias empresas ja foram usadas algumas praticas de controle de preços extra mercado (quem não se lembra das gravações do pessoal do Frigorifico Araputanga ?), o que sera num mercado dominado por uma grande empresa que é reconhecidamente competente e agressiva nos negócios ? Essa concentração se por um lado é boa no que se refere o Zootecnista Juan Lebron, de melhoria na liquidez, por outro pode deixar os produtores simplesmente na condição de integrados, como acontece com o frango e suinos. Talvez o caminho seja esse tambem, pode estar começando um novo ciclo, com uma nova fase da pecuaria brasileira…
Esta junção de grandes grupos na agropecuaria é complicado para nós produtores.Manipulam preços, assim equilibram produção.Por isso acredito que eles crescem e nós sobrevivemos. Estamos vivendo isso em outros segmentos da agricultura.
a integraçao so não vai se constiduir plenamente pois pelo menos no meu estado o fechamento do boi no cocho é inviavelpois ainda são poucos pecuaristas malucos que abrem mão de uma carcaça de boi magra barata pra ariscar ter pouco lucro mais rapido e não obseva que acaba infracionando ainda mais a reposição do bezerro que atraves desas malobras já chegou varias fezes na casa dos 100 p @ de bezerro,o que acaba aconteçendo com este tipo de integração é que a cada ano q passa o pecuarista se descapitaliza mais…………aonde isto vai dar ?