A partir de hoje (5), ele começa a montar o conselho de administração da holding da família Batista, que atualmente tem apenas um conselho consultivo. A tarefa de Meirelles é trabalhar na estratégia global do grupo. Uma possibilidade, no futuro, é abrir o capital da empresa.
Depois de um ano de quarentena, o ex-presidente do Banco Central (BC) Henrique Meirelles assume hoje a presidência do conselho de administração da J&F, holding de empresas que controla o frigorífico JBS.
Dono de um patrimônio pessoal estimado em mais de R$ 100 milhões, Meirelles foi presidente mundial do banco americano BankBoston, em 2002 entrou na política e elegeu-se deputado federal pelo PSDB como o candidato mais votado de Goiás e comandou o BC nos oito anos de governo Lula – tornando-se o presidente que mais tempo ficou no cargo na história da instituição.
A partir de hoje (5), ele começa a montar o conselho de administração da holding da família Batista, que atualmente tem apenas um conselho consultivo. A tarefa de Meirelles é trabalhar na estratégia global do grupo. Uma possibilidade, no futuro, é abrir o capital da empresa.
Com faturamento estimado em mais de R$ 60 bilhões no ano passado, cerca de 145 mil funcionários e negócios em 22 países, o grupo aposta na profissionalização como uma resposta ao mercado – que vê com restrições uma administração tão marcadamente familiar num grupo que está se esparramando por tantos setores da economia.
Na nova função, além de definir as estratégias do grupo, Meirelles vai cuidar da governança corporativa e das relações com o mercado. “Temos duas empresas listadas em bolsa: o JBS, no Brasil, e a Pilgrim’s, nos Estados Unidos. A governança, para o grupo, é um aspecto de muita importância”, diz Meirelles.
Joesley Batista, um dos três irmãos que comandam a holding, continua na função de presidente executivo da J&F. Ele passou a replicar na holding da família o agressivo processo de expansão por meio da aquisição de concorrentes – que transformou o frigorífico no maior do mundo.
Do ano passado para cá, os Batista deram a largada na Eldorado, fábrica de celulose em construção em Três Lagoas (MS); reforçaram a Flora, empresa de cosméticos, com a compra da divisão de higiene e beleza do grupo Bertin; e o Banco JBS comprou o Matone e passou e mudou o nome para Banco Original.
O carro-chefe do grupo, o frigorífico JBS, cresceu com imenso apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que financiou e se tornou o maior sócio dos Batista no frigorífico, e foi muito criticado por isso.
Um pouco dessa filosofia também está sendo replicada nos outros negócios da J&F. O BNDES financia metade da construção da Eldorado, que tem entre seus sócios minoritários os fundos de pensão Petros (dos funcionários da Petrobrás e Funcef – Caixa Econômica Federal).
Fonte: jornal O Estado de SP, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
3 Comments
Mais uma vez parabéns ao JBS !
Uma empresa ter uma pessoa com o curriculum profissional e moral de Henrique Meirelles como seu presidente, é sinal de muita competência e eficiência.
Está aí uma demonstração do porque do sucesso do JBS; está sempre a frente, contando com profissiconais de capacidade inquestionável e reconhecimento internacional.
Parabéns ao grupo por mais essa conquista!!!
O JBS está se tornando uma estatal do governo do PT, isto não resta dúvida, com tanto dinheiro do BNDES ali dentro e cada vez entrando mais…