Menos de uma semana depois de anunciar a compra da Pilgrim´s Pride, nos Estados Unidos, e de se fundir com a Bertin S/A, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, o presidente da JBS, Joesley Batista, disse que o foco da empresa agora está voltado totalmente para a integração das operações. Mas acredita que isso não será difícil, porque a JBS criou uma estrutura para isso, com todas as compras feitas nos últimos anos. Para o executivo, o grupo não tem mais muito espaço para crescer na área de bovinos, mas tem muito espaço em suínos e, eventualmente, em frangos.
Menos de uma semana depois de anunciar a compra da Pilgrim´s Pride, nos Estados Unidos, e de se fundir com a Bertin S/A, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, o presidente da JBS, Joesley Batista, disse que o foco da empresa agora está voltado totalmente para a integração das operações. Mas acredita que isso não será difícil, porque a JBS criou uma estrutura para isso, com todas as compras feitas nos últimos anos. Para o executivo, o grupo não tem mais muito espaço para crescer na área de bovinos, mas tem muito espaço em suínos e, eventualmente, em frangos. Mas, de certa forma, descarta entrar na área de frangos no Brasil. “Eu não pactuo dessa ideia de que ser segundo lugar de uma empresa dominante é um bom negócio”, disse, em referência à BRF, formada com a fusão entre Perdigão e Sadia. Mas revelou que chegou a fazer uma oferta pela Sadia. “Eu tentei comprar, mas não dei conta.”
Perguntado sobre o o processo de integração com a Bertin, o presidente da JBS, comentou: “ao longo desses anos, nós crescemos com aquisições. Nós temos um processo bem consolidado de incorporação de empresas, tanto que o mercado até hoje se assusta de como assumimos a (americana) Swift tão rápido. Acredito que temos passos necessários a serem feitos para essa incorporação do Bertin e da Pilgrim´s e não teremos dificuldades. A cultura da JBS é muito fácil de ser compreendida, é muito clara. Você não precisa de mais do que um dia para entender o jeito que a gente pensa”.
“O produtor está entendendo cada vez mais o papel da JBS nessa cadeia produtiva. O que temos de fazer é levar o produto do campo até a mesa do consumidor. Acho que a JBS, mais do que qualquer um, tem se mostrado um agente que adiciona valor à cadeia. Quanto mais a gente cresce, mais a gente tem tido condições de escoar o produto do pecuarista de forma mais eficiente, adicionando valor, levando o produto a lugares mais distantes, onde se remunera melhor, industrializando. Hoje, o produtor entende a cadeia produtiva e não tem mais aquela miopia de pensar que o frigorífico vai matar o pecuarista porque está pagando menos pelo boi. A JBS opera no mercado futuro para o produtor, abrimos um banco para suportar o produtor, aumentamos nossas unidades de abate para poder estar mais perto do rebanho, facilitar o escoamento da produção”, completou Batista se referindo ao processo de consodolição que o setor vem passando.
Comentando o crescimento da JBS nos últimos anos, Joesley enfatiza, “eu não faço a menor ideia de onde estaremos nos próximos três anos. Dito isso, nós sempre tivemos na nossa cabeça os próximos dois, três, quatro passos que deveríamos perseguir. Por exemplo, em 2004 nós faturamos US$ 1 bilhão. Em 2005 nós pegamos um avião e fomos para Dallas visitar a Swift. Ela faturava US$ 10 bilhões, mas nós tínhamos na cabeça que precisávamos dar um jeito de comprar a empresa. Nós não fazíamos menor ideia de como, mas tínhamos isso na cabeça dois anos antes. Em 2007, calhou de comprarmos. Não foi por um acaso. Nós não somos seduzidos por oportunidades casuais. Todos os nossos passos, normalmente, começam a serem idealizados dois anos antes”.
“Quando olhamos para 2010 e 2011 nossos pensamentos são simples e não guardam grande complexidade. Em boi a gente não pode crescer muito, nem no Brasil, nem nos EUA. A gente pode crescer em suínos em qualquer lugar do mundo, seja no Brasil, Europa, EUA. O frango é algo novo que entramos, e nos EUA. Temos de esperar um pouco para aprender mais sobre esse negócio. O Brasil está muito consolidado nesse mercado, com Sadia e Perdigão. Pessoalmente, eu não pactuo dessa ideia de que ser segundo lugar de uma empresa dominante é um bom negócio, eu acho um mau negócio. Se tem uma coisa que a JBS muito provavelmente não vai fazer é disputar esse segundo lugar no Brasil, que é muito escuro, frio e úmido”.
“Eu tentei comprar a Sadia, mas não dei conta. Fiz uma oferta e não quiseram. Falei com o Luis (Fernando Furlan) várias vezes, porque eu achava que fazia sentido para a JBS, mas para concorrer com as sinergias da Perdigão e Sadia a gente teria de pagar tão mais caro que não fazia sentido. Eu disse para ele (Furlan) que, como preservação de capital, a melhor alternativa seria a fusão. Foi algo que tivemos falando, mas não caminhou”.
“Nosso próximo passo, e que é motivo do IPO nos Estados Unidos, é expandir a distribuição direta globalmente, construir a maior e mais eficiente plataforma de distribuição direta de produtos congelados e refrigerados. A ideia é distribuir diretamente aos pequenos varejos, aos restaurantes. Queremos ter acesso ao cliente. Nós temos crescido muito no Brasil nesse segmento, mas achamos que tem espaço para crescer mais. Com o Bertin acho que poderemos andar ainda mais nesse caminho. Esse é o nosso plano do IPO, instalar vários centros de distribuição, ter a distribuição direta com caminhões. Nosso foco ainda não é nos alimentos processados. Num segundo passo, talvez”, finalizou Joesley Batista.
A matéria é de Alexandre Inacio, publicada no jornal O Estado de S.Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
0 Comments
E potencia ,o jbs, tem muito o q crescer,basta olhar a populacao crescendo.
EXISTE ESPAÇO PARA TODOS
Esta havendo uma revolução no setor de carnes. Esse segmento que em setembro do ano passado, acreditávamos que iria sucumbir a crise mundial, vem agora com muita força, com aquisições milionárias, com novas estratégias de vendas, fazendo com que o mercado mude rapidamente. Tanto a JBS-Friboi-Bertin quanto a Marfrig-Seara, aproveitaram muito bem esse espaço que foi deixado pela incerteza e também pela dificuldade em que muitas empresas do setor passaram com a crise, indo para a recuperação judicial e que provavelmente muitas não conseguiram voltar. Ja estão sendo absorvidas pelos gigantes que como no caso do Quatro Marcos absorvido em parte pelo JBS e agora o Margem e Mercosul pelo Marfrig.
Tudo indica que o mercado, ira mudar principalmente no que se refere a distribuição local, vendo-se as estratégias desses dois grupos com logística, o JBS entregando produtos nos pequenos comércios e o Marfrig fazendo parceria com empresas de logística com o mesmo objetivo. Isso ja era de se esperar, essa atitude vai mudar muito o perfil dos distribuidores regionais e com certeza melhorar a liquídez dos negócios. Vai haver um atalho até o consumidor final e isso pode ser muito bom para ambos.
O próximo passo com certeza vai ser a mudança do tipo de produtos, uma mudança de hábitos, uma maior industrialização dos produtos para chegarem as donas de casa praticamente prontos ou semi prontos para o consumo, proporcionando um maior valor agregado que é o que todos no seguimento desejam.
As pequenas e médias empresas não vão acabar, portanto não é o fim. Como concorrer com esses gigantes, existe uma maneira? É essa questão a ser pensada agora por todas as empresas que querem sobreviver e até crescer nesse novo mercado que esta por vir. Há espaço para todos, o Brasil é um pais enorme, com uma grande população e com um potencial de crescimento gigantesco, ainda mais com a melhoria do poder aquisitivo experimentado na ultima década. Temos que nos modernizar, diminuir custos, procurar melhorar cada vez mais o atendimento ao consumidor, a logística, a qualidade e modernização dos produtos. Sem dúvida, começa uma nova etapa para a indústria frigorífica e isso é bom, deve servir como incentivo para todos, afinal a competição incentiva e renova.
Finalizando, espero que o BNDS agora, deixe os grandes caminharem sózinhos e cuide um pouco dos médios e pequenos, abram linhas de crétidos, facilidades e acesso para que essa competição que é tão importante não seja desigual, afinal todos começaram pequenos….
Ë comprensivel que o governo brasileiro estimule empresas nacionais para que se tornem lideres no mercado mundial dando ao pais mais poder no contexto internacional. O que se pode notar no discurso do Sr. Joesley, e que para mim parece um erro grave, é que ele nao esta preparado para gerir tal empresa. O crescimento do Friboi esta mais relacionado a umja politica nacional do que uma gestao capaz por parte de seus administradores. Eu gostaria de estar equivocado pelo bem do setor.
Quanta arrogançia, as vezes da ate vergonha de ler! Segundo o mega hipper potencia jbnds , ser segundo lugar para ele nao adianta? é isso mesmo? “Eu não pactuo dessa ideia de que ser segundo lugar de uma empresa dominante é um bom negócio”, to chocado viu. Até a Sadia ele tentou comprar mas o din din dele nao deu? Que isso gente ele ta falando é da “Sadia” e nao de uma simples e pequena empresa nao. Quem de nos homens formados hoje nao se lembra de ver o “s” da sadia na tv? Esse cidadão ja fala em ser governador aqui em Goias, daqui uns dias ele quer o lugar é do “obama” nem do lula vai servir para ele. Eles vao fazer as mega aquisições deles ate alguma autoridade levantar os “ativos e passivos” da jbnds, pois o leilao de carne na praça eles ja estao fazendo tem muito tempo, por exemplo chegando fim de mes perto das folhas de pagamentos das unidades, eles soltam produtos no mercado ate 30% mais barato que o normal, isso tudo para levantar caixa e pagar as contas. Dai nossos clientes se acostumam mal e nos apertam para vendermos o restante do mes no preço deles. Vamos nos unir, os pequenos e medios frigorificos, para tomarmos alguma atitude, isso tem que ter algum controle, senao daqui 05 anos para um cidadao comprar carne bovina vai ter que pedir bença ao poderoso hipper mega executivo em questao!
pensen nisso!
fraternal abraço!
Para quem está no ramo de frigoríficos e ainda mais em Goiania que a JBS é tão conhecida, o Sr. Darci cometeu um engano imperdoável , o Sr Joesley nunca cogitou cargo politico, apesar da competencia administrativa inegável, de fazer inveja a qualquer administrador. Ele queria provavelmente se referir a seu irmão José Batista Junior que tem sido visto como um forte candidato, e quem sabe fazendo um bom governo em Goiás não seria uma opção para governar esse nosso País e explorar essa potencialidade de crescimento que em sua empresa Ele tem explorado com tanta sabedoria e tido tanto sucesso.
Rodrigo Netto, pode ter certeza que voce esta enganado. O Joesley é muito bem preparado sim, tive a oportunidade de trabalhar com e com toda familia por uns 6 anos e posso te afirmar que o friboi cresceu por uma série de fatores, entre eles trabalho e competência dos seus gestores….