Frigoríficos preveem retração e desemprego com área livre de aftosa sem vacinação no Paraná
2 de junho de 2015
Intenção de confinamento de gado deve aumentar em MT
2 de junho de 2015

JBS, Marfrig e Minerva divulgam relatórios que atestam compromisso para reduzir desmatamento da Amazônia

A JBS, a Marfrig e a Minerva divulgaram relatórios de consultorias independentes que atestam que suas operações de compra de gado bovino estão em conformidade com o compromisso assumido pelas empresas com o Greenpeace. O acordo prevê que as companhias não podem adquirir bois de fazendas que tenham desmatado dentro do Bioma Amazônia a partir de outubro de 2009, localizem-se em terras indígenas ou de conservação ambiental ou que utilizem mão de obra análoga à escrava.

No processo de verificação feita pela BDO, foram analisadas 12.221 operações de compras de gado realizadas pela JBS no ano de 2014 de fazendas fornecedoras localizadas no Bioma Amazônia. Deste total, apenas 4 operações de compra de gado foram consideradas como não conformes.

“Estamos muito satisfeitos com o resultado da auditoria. Ela comprova que o grau de assertividade do nosso sistema de monitoramento de fornecedores foi de 99,97% no ano passado, dentro de um universo muito grande de operações de compra. Esse patamar garante o nível de segurança que a sociedade civil, clientes e investidores esperam da JBS. Esse número também representa um avanço em comparação ao ano anterior, já que a auditoria das compras de gado realizadas em 2013 apontou um grau de eficiência de 99,75%”, afirma Márcio Nappo, diretor de sustentabilidade da JBS.

Para os casos irregulares, a empresa apresentou documentos que comprovavam que os dados dos fornecedores não estavam na lista pública do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ou que emitiu nota fiscal da compra antes que o pecuarista fosse inserido em alguma das restrições pelos órgãos públicos.

Em nota, a empresa destaca que desenvolveu um sistema para garantir a origem responsável de sua matéria-prima, formado por dois processos de análise que atuam de forma integrada. O primeiro é o monitoramento geoespacial das propriedades, que realiza a sobreposição digital dos mapas georreferenciados das fazendas de gado com os dados oficiais de desmatamento no Brasil e mapas de terras indígenas e áreas de conservação ambiental. Enquanto o segundo, faz o cruzamento de dados cadastrais dos fornecedores com as informações das listas públicas de áreas embargadas pelo IBAMA e dos empregadores que utilizaram práticas de trabalho análogo ao escravo do Ministério do Trabalho e Emprego.

Na Marfrig, a auditoria da DNV-GL ocorreu entre 5 de março e 8 de abril de 2014 e não houve operações que contrariassem o compromisso público. Durante a auditoria também foi comprovado que, em 2014, a Marfrig concluiu o mapeamento dos limites de 100% das propriedades de todos os fornecedores diretos ativos da empresa.

Considerando que os fornecedores indiretos são um dos pontos mais importantes dentro da cadeia de fornecimento, o plano de trabalho da Marfrig para 2015 prevê ampliar a identificação desses fornecedores com a aplicação da ferramenta Request for Information (RFI), que consiste num documento com os dados de origem do lote que será enviado para o frigorífico. O documento é declaratório e tem o objetivo de mapear a cadeia de fornecimento da Marfrig, a fim de se medir o impacto e traçar um plano de desenvolvimento para os fornecedores que apresentem problemas com a origem dos animais. Na Marfrig, as informações do fornecedor indireto também são cruzadas com o site do IBAMA e do Ministério do Trabalho e Emprego.

“Em 2014, mais de 50% dos fornecedores indiretos das unidades localizadas no bioma Amazônia foram identificados e a nossa meta é alcançar o percentual de 75 % em 2015”, afirma Andrew Murchie, CEO da Marfrig Beef Brasil.

Ao todo, a Marfrig monitora 8.303 propriedades na Amazônia, que correspondem a uma área de 26 milhões de hectares. Dentre as propriedades monitoradas, 6471 estão aptas para o fornecimento de gado para as cinco unidades produtivas da Marfrig na região do bioma Amazônia.

A BDO também foi responsável por avaliar as operações de compra da Minerva, e não encontrou irregularidades. A auditoria foi realizada no período entre 06 de março e 08 de maio de 2015.

Fonte: Revista Globo Rural, JBS e Marfrig, adaptada pela Equipe BeefPoint.

Os comentários estão encerrados.