JBS pede registro de bonds na comissão de valores mobiliários dos EUA

A JBS anunciou nesta sexta-feira (19/5) que protocolou um pedido que permite o registro de bonds (títulos de dívida) da empresa na comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos, a Securities and Exchange Commission (SEC), segundo comunicado divulgado ao mercado.

A aprovação do pedido, conhecido oficialmente como Declaração de Registro no Formulário F-4, é um passo importante para a listagem das ações da JBS nos Estados Unidos, uma vez que a companhia já terá cumprido uma série de exigências necessárias à listagem, conforme apurou o Valor.

“No momento em que a Declaração de Registro entrar em vigor, a Companhia se tornará uma companhia obrigada a divulgar informações nos Estados Unidos da América e, portanto, estará sujeita às exigências de divulgação de informações previstas na U.S. Securities Exchange Act de 1934”, disse a JBS no comunicado.

Significa que, após a aprovação da solicitação, a JBS estará sujeita a regras de governança ainda mais robustas. Os bonds da empresa poderão ser registrados na SEC, o que amplia a gama de investidores aptos a comprar papéis da dívida da companhia, visto que muitos têm como política investir apenas em títulos registrados.

A Declaração de Registro solicitada se refere às ofertas de trocas de 11 séries de notes (bonds antigos) dispensadas de registro nos EUA por novos notes a serem emitidos nas mesmas condições financeiras, covenants e outros termos dos bonds antigos.

Além disso, os novos bonds serão registrados nos termos da Securities Act e, portanto, não estarão sujeitas às restrições de transferências nos EUA, ressaltou a JBS no comunicado.

“A Companhia não pretende registrar os Bonds Novos em qualquer bolsa de valores nos Estados Unidos da América ou em outro lugar neste momento, mas pode optar por fazê-lo no futuro”, disse a empresa.

A JBS ainda enfatizou que o documento divulgado ao mercado não representa uma oferta de venda, nem uma solicitação de compra dos bonds ou qualquer outro valor mobiliário.

Fonte: Valor Econômico.